2001.jpgNão, não estou falando do ano de 2001, que entrou para a História por causa do 11 de setembro. Refiro-me a 2001 – Uma Odisséia no Espaço, o filme de Stanley Kubrick que, em 1968, virou a cabeça de toda uma geração. Esta semana, a NASA anunciou uma homenagem oficial ao filme, cujo lançamento está completando 40 anos. “Somos todos parte do futuro que visionários como Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick imaginaram há 40 anos”, diz a agência espacial americana em seu site.

Lembro até hoje da primeira vez que assisti a 2001, no cinema. Lembro perfeitamente que não entendi quase nada, mas fiquei maravilhado com aquele espetáculo visual. Verificar hoje que boa parte daquelas cenas eram previsões que se confirmaram com o passar dos anos só faz gostar mais do filme. A excelente versão em DVD da Warner, vista numa tela grande e com áudio 5.1, consegue resgatar quase toda a emoção daquela primeira vez – provavelmente, a qualidade de som e imagem em DVD é melhor do que a que víamos então no cinema.

Mas isso é detalhe. Não li o livro ´A Sentinela´, de Clarke, que deu origem ao roteiro de Kubrick, escrito em parceria com o autor, mas é fato que lá estão monitores de tela plana (parecidos com os atuais) e as conversas entre o astronauta e seu computador (algo que está se tornando corriqueiro). Sem falar que Kubrick literalmente inventou uma série de efeitos visuais e sonoros que só bem mais tarde a turma de George Lucas iria transformar em chavão. E criou a seqüência que talvez seja o mais brilhante corte de toda a História do cinema: quando um osso atirado para o alto por um primata (o homem-macaco) se transforma numa nave espacial, ao som do ´Danúbio Azul´, de Strauss.

2001 é um dos filmes mais discutidos de todos os tempos, embora não tenha sido propriamente um sucesso de bilheteria. O que nos leva à conclusão de que muita gente o discutiu sem tê-lo visto. Aliás, para os interessados, existe na internet um interessante documentário a seu respeito, ´A Odisséia no Espaço Explicada´(está em www.kubrick2001.com).

Falando nisso, estou morrendo de vontade de assistir 2001 outra vez.

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