Até 2017, o Brasil será campeão mundial de milionários – quer dizer, entre os membros do chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), bloco de países que ficam logo abaixo do Primeiro Mundo em termos de desenvolvimento (pelo menos, é o que dizem os economistas). A previsão, divulgada esta semana, é do banco inglês Barclay´s e de uma certa EIA (Economist Intelligence Unit).
Como já comentei aqui algumas vezes, desconfio muito desse tipo de pesquisa. Se alguém especializado em estatísticas estiver lendo e puder esclarecer, gostaria de saber como é que se calcula o número de milionários de um país – e não estamos falando de pequenos agrupamentos populacionais, mas de países-continentes. E notem que, dos quatro, o Brasil é o menor em população.
Então, fica combinado que daqui a nove anos teremos, como diz o estudo, 675 mil brasileiros com mais de US$ 1 milhão, somados seus depósitos em banco e propriedades. No jargão jornalístico, isso é o que pode ser chamado de “factóide”. Afinal, você que me lê provavelmente não está nem estará entre esses privilegiados. E, se estiver, também não faz a menor diferença. Ou você vai querer mostrar ao mundo quanto dinheiro tem no banco?