Escrevo aqui do aeroporto de Washington, minha primeira escala de viagem. Não conheço a cidade. Fiquei curioso para vir até a “sede mundial do poder” – embora esse poder hoje esteja menos poderoso!

Poucas coisas são mais estressantes do que ficar hora e meia na fila da imigração, depois de uma noite inteira de vôo, com outras 300 pessoas, sendo que o único que não está com pressa é justamente o fiscal que precisa liberar todo mundo. Fico observando rostos e passaportes nas mãos cansadas de cada um. Vejo gente de todo canto: Índia, Japão, Bolívia, África do Sul, Alemanha… e, claro, dezenas de brasileiros. Tem desde hippie a executivo engravatado, mulher grávida, crianças, negros, latinos, idiomas diversos. Fico me perguntando se entre eles não há algum terrorista!!!

De fato, o esquema de segurança no aeroporto da capital parece diferente das demais cidades americanas. Principalmente nestes tempos de neurose pré-eleição. De uns meses para cá, proibiram transportar na bagagem de mão qualquer tipo de líquido ou creme. Medo de que alguém tente envenenar a aeromoça ou o piloto. Aí, você fica sem sua pasta de dentes, seus remédios (uso vários) e até sua água mineral, comprada a peso de ouro na cafeteria do aeroporto. Dica da simpática moça que atua como fiscal da United Airlines: “ou você bebe tudo agora, ou pode jogar no lixo”. Simples, não?

De repente, na fila da imigração, uma mulher deixa para trás sua mala e desaparece no meio da multidão. Será uma bomba? O agente de segurança imediatamente recolhe o perigoso artefato. Momentos de suspense, até que a tal passageira surge, envergonhada; foi apenas esquecimento. Ainda bem, penso eu. Não iria ficar sossegado neste aeroporto enorme imaginando que uma agente de Bin Laden está por perto.

Até mais tarde! (depois mostro as fotos)

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