Quando se pensa que o governo “deste país” esgotou seu estoque de idéias ruins, ele sempre nos surpreende. Agora essa história de exigir uma “licença prévia” das empresas importadoras. Como se já não bastassem a excessiva burocracia e a obscena carga tributária, agora quem quiser importar terá que pedir licença, literalmente.
Segundo o jornal Valor Econômico, a medida se aplica a 60% dos produtos importados pelo País. Inclui de roupas a ferro e alumínio, de plásticos a reatores nucleares. No caso específico dos eletrônicos, são citados nominalmente “aparelhos de gravação e reprodução de som e imagem e suas partes e acessórios”. Quer dizer, vale também para componentes, o que com certeza afeta a indústria como um todo.
A explicação oficial é controlar melhor as importações, já que a balança comercial está deficitária. Mas, além de ineficaz – seria melhor incentivar as exportações – essa medida pode gerar represálias dos países que importam do Brasil. Pior: vai na contramão da História, porque a tendência mundial hoje é estimular (e não bloquear) os negócios entre os países.
Faz lembrar os nada saudosos tempos da reserva de mercado, quando o governo vivia publicando esse tipo de lista. Só serviu para manter o país no atraso e estimular o contrabando.
Lembrando que o Valor Econômico foi comprado pelo atual governo em troca de anúncios de estatais.