Ainda vou criar neste blog um espaço para falar de livros. Um dos sintomas da má formação de um povo é a falta de leitura. Pior: a falta do hábito de ler. Por obrigação profissional, tenho que ler muito, mas a falta de tempo me impede de ler mais livros. É uma pena, porque sempre se aprende com eles, ainda que não sejam grandes obras. Não importa: um livro é sempre maior do que seu leitor.

Um dos gêneros de que mais gosto é a biografia. E um dos últimos que li foi uma coleção de mini-biografias, “As 100 Maiores Personalidades da História”, de Michael H. Hart, astrofísico e polêmico professor da Universidade de Princeton (EUA). Hart fez uma espécie de ranking das figuras mais influentes da humanidade até hoje, elegendo Maomé como número 1 e Jesus Cristo como 2. Seus critérios não se baseiam na simpatia ou popularidade de uma pessoa, mas nos atos e pensamentos que defendeu e como isso tudo influenciou as gerações que vieram depois. Tecnicamente, Maomé ganha porque as religiões muçulmanas acabaram afetando as vidas de muito mais gente do que as várias formas de cristianismo.

Da lista de 100 maiores, grande parte é de cientistas e/ou pensadores, como Isaac Newton, Albert Einstein e Sigmund Freud. E grandes inovadores, que têm a ver com a evolução tecnológica: Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Guglielmo Marconi e outros. Mas há lugar também para figuras tidas como demoníacas, a exemplo de Adolf Hitler, Josef Stalin e Mao Tse Tung. Hart analisa cada um deles em detalhe, tentando explicar (melhor, entender) por que foram o que foram e fizeram o que fizeram.

Embora possamos discordar desta ou daquela avaliação, é sem dúvida uma grande aula de História, com “H” maiúsculo.

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