Era o que faltava para completar o ciclo da globalização total, algo previsto no excelente livro “O Mundo É Plano”, de Thomas Friedman, lançado em 2005. A Dolby Labs, que detém praticamente o monopólio dos padrões de processamento em áudio, fechou acordo com os principais fabricantes chineses para liberar o uso dos codecs mais comuns do formato Blu-ray: Dolby TrueHD e Dolby Digital Plus. Até agora, players fabricados na China não podiam contar com esses recursos, o que na prática inviabilizava a produção local, já que sem esses processamentos o aparelho não consegue reproduzir a riqueza do áudio surround do formato.

Com a liberação, que certamente renderá à Dolby centenas de milhões de dólares em royalties, o problema está resolvido. Nossos próximos Blu-ray players certamente virão da China, embora os usuários nem sempre percebam. Vejam neste artigo o que dizem os executivos da Sony a respeito de fabricar aparelhos fora do Japão (leia-se: na China). Este é o futuro, e não há como fugir dele.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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