Conversando com um amigo que tinha uma loja de discos, não pude resistir: fiquei com pena! O coitado demorou a perceber a onda dos downloads chegando, e quando se deu conta… puff!!! Sua pobre bolha tinha estourado. Pois é, pensei, devem existir milhares de pequenos empresários na mesma situação pelo mundo afora. Você se lembra da última vez que comprou um CD?

Não sei como esse meu amigo vai se virar, mas o fato é que não acredito nos que pregam a “morte” do CD, assim como já previram a morte do vinil. Essas previsões me cheiram a mofo! Quando surgiu o cinema, diziam que iria matar o teatro. Depois, com o advento da televisão, muitos previram a morte do cinema, que também foi dado como defunto com a invenção do videocassete e, mais tarde, do DVD. Minha sensação é que com o CD vai acontecer a mesma coisa.

nadAgora mesmo, leio que a empresa canadense NAD está lançando um novo CD player (modelo C565BEE) que deve fazer brilhar os olhos (e vibrar os ouvidos) dos que não se contentam com o som comprimido dos downloads. A descrição que encontrei na revista Electronic House é de dar água na boca: taxa de conversão de 192kHz, com conversores DAC Wolfson fazendo o trabalho até mesmo sobre trilhas “básicas” de 44.1kHz (um CD-R gravado no computador em MP3, por exemplo), amplificadores Burr-Brown, fontes de alimentação dual com consumo menor que 1 watt em standby… e por aí vai.

O novo player (foto) também não despreza o pessoal da web-music: incluiu entrada USB para reprodução de material salvo em outras fontes, garantindo que os processadores também cuidam com carinho desses sinais tão amaldiçoados pelos audiófilos. E, no painel frontal, colocou um display que exibe informações sobre os discos. Pelo jeito, o melhor dos dois mundos! O preço sugerido é de US$ 799 para o mercado americano. No Brasil, a NAD é distribuída pela Som Maior. Vamos aguardar.

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