Deu na Business Week esta semana: a AT&T, que continua sendo uma das maiores operadoras telefônicas do mundo (é a maior dos EUA), anunciou que irá começar a vender computadores para seus assinantes, além das linhas e serviços agregados. Isso mesmo: vai competir com o grande varejo. Na verdade, já começou: desde o início do mês, assinantes de algumas cidades já podem adquirir notebooks por até 50 dólares, desde que comprem junto um pacote de dados. 

Como se vê, nenhuma novidade em relação ao que já se faz com os celulares. A AT&T nem está sozinha nessa política: a Verizon, segunda maior do País, também está oferecendo netbooks a seus assinantes, em promoções do mesmo tipo. E, na prática, ambas seguem um modelo que já é sucesso na Europa, onde empresas como a inglesa Vodafone e a alemã DT já vendem netbooks desde o ano passado. Deu tão certo que as operadoras já respondem por cerca de 25% das vendas nesses países.

Parece ótimo, não? Só que junto com essa tendência vem um perigo chamado exatamente “netbook”. Esses computadores são tão baratos (cada vez mais baratos) que os fabricantes podem acabar corroendo suas margens de lucro nessa brincadeira. É o que diz estudo do IDC. No fundo, no fundo, devem estar torcendo para que as operadoras vendam menos.

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