Vinicius Barbosa Lima descobriu e me enviou este link: o pessoal do site TV Magazine, especializado em televisão, pôs a mão na massa para fazer um interessante teste comparativo entre os sinais das duas principais operadoras de TV paga do País. Nada científico, embora tenham sido usados equipamentos de medição e um software especial. Estranhamente, a metodologia de testes não foi divulgada, o que dificulta qualquer análise. Mas, na falta de algo mais aprofundado, acho que é válido. 

Interessante notar que a qualidade do sinal foi considerada ruim exatamente onde deveria ser melhor: os canais premium (Cinemax e HBO). Em alguns casos, diz o relatório, a imagem parecia de internet, o que é gravíssimo em se tratando de TV paga. Curioso também que a NET perde feio nos canais Globosat, em que até outro dia tinha exclusividade (afinal, são empresas do mesmo grupo). Mas, ao apontar o resultado final dos testes com um “Parabéns TVA”, o relatório pode levantar suspeitas – a NET se recusou a comentar.

Só uma observação sobre esse tipo de teste: julgar qualidade de imagem em cabo ou satélite (ou mesmo em TV aberta) é muito arriscado, porque trabalha-se com altas doses de manipulação do sinal. Além do original (fornecido pela emissora ou programadora) ter de ser de bom padrão, o que nem sempre acontece, as compressões e descompressões ao longo do trajeto são difíceis de ser medidas para quem está de fora. Há ainda o papel fundamental desempenhado pelos equipamentos de recepção (antena, conversor, caixa de distribuição, divisor, modem etc). Não sou eu que vou defender as operadoras, cujos serviços – como já disse aqui várias vezes – são em geral sofríveis. Mas, neste caso, não dá para tirar nenhuma conclusão.

Mais uma prova de que testes comparativos, sejam eles “objetivos” ou “subjetivos”, nunca devem ser tomados como palavra final, apenas como referência. Mais uma.

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