bluray3Complementando a nota que dei aqui ontem sobre a evolução do Blu-ray, acho oportuno passar ao leitor os dados da última pesquisa do NPD Group, um dos principais institutos de análise do mercado de tecnologia dos EUA, sobre a disputa entre DVD e Blu-ray. Embora quase toda a mídia especializada mundial esteja falando do novo formato, o fato é de nada menos do que 58% dos americanos ainda não sabem do que se trata. Continuam sendo um desafio para os fabricantes, que só conhecem o DVD mesmo.

Os números de vendas do Blu-ray até que não são ruins, mas ainda estão longe do que esperava a indústria. O estudo “Entertainment Trends in America” revela que  63% dos gastos dos americanos ainda vão para o DVD (compra ou locação); 25% ficam com o Blu-ray (18% em locações e 7% em compra de discos); e 12% representam o consumo com downloads de filmes, incluindo aqui o sistema VOD (video-on-demand).  Mas o número de pessoas que acessam sites desse tipo aumentou de 5% no primeiro trimestre de 2008 para 9% agora no início de 2008. Interessante que 80% daqueles que fazem downloads dizem que também alugam e/ou compram DVDs e 25% têm o hábito de alugar ou comprar Blu-rays. Ou seja, são os early-adopters, os mesmos de sempre, aquele pessoal que gosta de investir em tudo que é novidade.

Estes é que puxam o mercado, como acontece historicamente com todas as inovações tecnológicas. Infelizmente, não temos estatísticas desse tipo no Brasil. Mas desconfio que aqui o processo seja o mesmo: quanto mais os “apressadinhos” se dispuserem a gastar com Blu-ray, mais rápido o preço dos players e dos discos irá cair, até ficar acessível à maioria. Quando isso acontecerá? Desculpem, minha bola de cristal anda meio embaçada ultimamente.

8 thoughts on “DVD vs. Blu-ray, a batalha

  1. oi Orlando,
    O blue ray eh um avanco no que se refere a imagem e som. Nao sou muito entendida nisso. O que quero dizer, nao eh que critico os consumistas apressadinhos, mas sim a industria eletronica. Sei que num lancamento, ha varios fatores que dificultam uma producao com menos perdas, por ser uma produto novo e que levou horas de pesquisas em todas as areas. Porem, o que quero discutir com voce eh a forma de se vender a novidade. A midia jah ajuda muito elitizando financeira e intelectualmente o consumidor higttech. Estou aqui a trocar um dedo de prosa a respeito de como a industria pode mudar esse modelo. Se jah arcam com as depesas de mao de obra de criacao ou invencao… anos a fio, pergunto: por que nao tentar uma nova estrategia de vendas? As pessoas realmente querem a nova tecnologia… mas nao eh meio incoerente voce ter que esperar 6 meses para te-la num preco justo ou se quiser… pagavel? Talvez… esse pessoal estah esperando os precos abaixarem para adquirir… uma vez que um downloud ou um DVD sao perfeitamente aceitaveis. Numa economia em crise… nao seria uma otima opcao para alavancar o consumo? Dinah

  2. Na verdade a única coisa que está travando o desenvolvimento do blu rai, é o preço exessivamente alto dos discos deste formato.
    Enquanto não tiver alguém na cadeia produtiva que não interceder, o tempo irá se arrastar indefinidamente. O valor precisaria chegar a R$ 50,00 para evitar que a pirataria faça o mesmo que acontece com os dvds.

  3. Concordo plenamente com a Dinah. Especificamente aqui no Brasil, vejo que
    os preços do blu-ray estão elitizando o
    produto. Se verificarmos sites dos EUA
    de venda destes produtos e compararmos com
    os preços daqui…
    Como a Dinah escreveu, é hora da indústria
    repensar algumas estratégias de colocação
    do produto a venda.

  4. Caro Roberto, como todo o produto no Brasil o preco e caro devido aos altissimos impostos pagos, se para vc ter uma imagem de alta qualidade tiver que comprar o tv, leitor e discos tem que dispendiar uma grana alta, pelo que se paga de imposto, e o mesmo que cada brasileiro comprar o seu sistema e nem precisa convidar o lula para assistir com vc, pois ele ja esta imbutido nos impostos pagos no sistema.

  5. Concordo que a alta carga tributária incidente encarece qualquer coisa, mas nunca podemos nos esquecer da ganância do empresariado. Um dvd há 3 anos atrás custava 50, hoje, o mesmo dvd é vendido por 10, e a carga tributária permanece igual, ou seja, está na hora dos empresários pararem de botar a culpa no governo para justificar os altos preços, que embutem a ganância desenfreada destes capitalistas.

  6. sou fa de novas tecnol.mas acho ate que estamos um pouco atrasados nesta questao.quanto ao blue ray so vai decolar quando a populaçao mais pobre tiver um a tela de lcd em casa para vivenciar essa maravilha.as industrias do br tem precisa cobrar do lula esta questao .um abraço . jose lopes porto alegre rs .

  7. O problema é mais complicado do que parece.O mercado no Brasil encolheu por causa da pirataria e os estudios no Brasil não fabricam seus proprios filmes só distribuem.Os blurays que a gente vê nas lojas são só montados aqui e fabricados lá fora, não há ainda parque industrial de fabricação desta midia por aqui.Então os estudios vão estudando o mercado de forma cautelosa e com menos riscos importando os discos dos EUA e Mexico, e a taxa de importação encarece barbaridade.

  8. Boas colocações acima, o que mostra que o consumidor está antenado. Só prá acrescentar, para que este novo conceito decole, ou baixa radicalmente o preço dos players, ou será um nicho de mercado dos mais abastados. Lembram do super audio cd, morreu antes de nascer por ser segmentado para os mais abonados. Com dvd player na casa de 200 reais, será dificil decolar com players blue ray na faixa de RS 1.500,00

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