Pirataria, preços em queda e a concorrência crescente da internet são os fatores responsáveis pelo decréscimo do consumo de DVDs em todo o mundo. Pesquisa divulgada esta semana pela empresa inglesa GMI (Global Media Intelligence) revela números interessantes sobre a mudança de hábitos do consumidor nos principais países. A pesquisa mostra que está caindo, por exemplo, a freqüência com que as pessoas alugam filmes: nos últimos cinco anos, o número de visitas a videolocadoras caiu 17%. Mesmo a compra de DVDs está em baixa. Na Itália, por exemplo, as receitas somadas entre locação e venda caíram 15,7% em 2008: na Espanha, 14,4%; e no Brasil, 11,8%, totalizando cerca de US$ 600 milhões.

O estudo – detalhado pelo jornal americano Variety, especializado em entretenimento – revela ainda que o mundo inteiro está consumindo menos vídeo. Somando as receitas mundiais de fitas, DVDs e Blu-ray em 2008, a queda foi de 3,6%; e a previsão para 2009 é de outra queda: 2,5%. Na verdade, as vendas de Blu-ray quadruplicaram no ano passado, somando US$ 482 milhões (o número não inclui o mercado americano). Mesmo assim, esse valor representa apenas 1,8% de todo o mercado, já que o Blu-ray ainda é um produto de elite.

Aliás, outra pesquisa divulgada nos últimos dias – esta relativa apenas aos EUA – traz mais luz a essa análise. De 2.400 entrevistados, somente 27% disseram possuir um player de alta definição (7% têm um player Blu-ray, 9% têm um PlayStation3 e 11% ficaram com o mico do HD-DVD). Já os proprietários de TVs de alta definição no País já são 47% de todo o mercado (e estamos falando de quase 100 milhões de residências).

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