A tecnologia, como se sabe, evolui a cada minuto. Mas sempre há aqueles que tentam impedir essa evolução. Foi assim quando lançaram o cinema sonoro, na década de 20, e é assim agora com a “invasão” da TV na internet. Nos EUA, as duas maiores empresas de TV paga – a operadora Comcast e a programadora Time Warner – anunciaram um acordo para, a partir do mês que vêm, colocar na web alguns de seus programas. É um piloto, de nome TV Everywhere (“TV em todo lugar”), com apenas 5.000 assinantes recebendo o sinal via conexão de banda larga, para que as empresas analisem a receptividade; se der certo, deve se tornar um serviço permanente.
Bastou anunciar a idéia para que entidades de defesa do consumidor(!!!) se voltassem ferozmente contra. “Os consumidores saem perdendo”, acusou Gigi Sohn, presidente de uma ONG chamada Public Knowledge. “Somente alguns – que possuem banda larga – terão o pivilégio. Isso fere as leis da livre concorrência”. A crítica, defendida também por outra entidade chamada Media Access Project, é de que os programas devem ser deixados na rede para todo mundo, e não apenas para assinantes. Jeff Bewkes, presidente da Time Warner, justifica: “Não temos como viver de publicidade na web, portanto precisamos cobrar pelo serviço”.
Na verdade, o grande inimigo dessas empresas chama-se Hulu, atualmente o maior site onde se podem encontrar programas de televisão gratuitos para assistir e/ou baixar. Mas a briga ainda vai longe. Querer que as emissoras simplesmente coloquem sua programação de graça na web é imaginar uma utopia – pelo velho e bom motivo de que alguém precisa pagar essa conta.
A propósito, gostaria que lessem artigo que coloquei hoje neste blog. É uma boa discussão.

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