Há cerca de um ano, comentei aqui notícia sobre os famosos “gatos” do Rio de Janeiro – que, aliás, devem existir também aos montes em outras cidades do País. São as redes clandestinas de banda larga, espalhadas via antena a partir de uma conexão a cabo (no caso, da operadora Velox). Várias pessoas já foram presas, mas a gataria continua ativa, pelo que se pode depreender da mensagem que recebi hoje do leitor Josimar Batista e que reproduzo aqui, com todas as ironias e erros de português originais:

“gato velox”, acho o seguinte si eu pago pelo serviço nao to fazendo gato nenhum e o sinal segando a minha casa foço com ele o que eu quizer nao estaria duplicando nada somente divindo uma conexão, e tr uma antena em casa nao prova nada pois a antena eu posso ta fazendo uma lan ou seja posso ta fazendo uma rede. o negocio é ter um link dedicado e taca velox na antena si a polica chega mostra o contrato do link dedicado e acabo.  [email protected]

Dispensa comentários.

5 thoughts on “Os gatos continuam ativos

  1. Está aí!Infelizmente esse Josimar é o típico”brasileiro”:analfabeto,ladrão,se arrisca a ser preso(não dá para desfrutar de uma programação qualquer estando preocupado com a polícia que pode chegar a qualquer momento) e ainda se acha o máximo,que está levando a maior vantagem em cima dos “otários” que pagam pela programação.É de desanimar…

  2. Só pra se ter uma idéia, eu também moro no Rio de Janeiro (na Baixada Fluminense) e pago vergonhosos R$149,90 por 1mb de internet. Além disso, sofro como todo mundo de “Traffic Shaping”, estou super insatisfeito com o serviço mas nem por isso me comporto como este cidadão citado no texto. Aliás alguém assim não deveria ser chamado de cidadão, pois um cidadão de verdade deveria habitar uma cidade sem causar vergonha com seu comportamento imoral.
    Como disse o Orlando, é óbvio que em várias cidades do país existe esse tipo de situação inclusive em São Paulo, onde sei de vários casos desse tipo. Mas este tipo de comportamento não tem a ver só com “cidades” e sim com nossa origem. Basta examinar históricamente que tipo de gente veio colonizar nosso país.
    Somos um tipo de povo que ao invés de saber falar (e por que não às vezes gritar) o que queremos, preferimos fazer o que é errado e nos desculpamos nas empresas, nos governos e etc. Ora, os governos e as empresas (as sem vergonha é claro!) estão aí porque somos nós quem as mantém de pé.
    Tenho um amigo que “assinou” o serviço de “gatonet”. A imagem é tenebrosa, cheia de “chuviscos” e “fantasmas” em 100% do tempo. Mas a falta de vergonha dele não faz com que nem a imagem ruim seja um real motivo para o cancelamento desse “serviço”.

    Cara, depois essa gente suja abre a boca durante o Jornal Nacional pra chamar político de ladrão!

  3. Em quem estes votaram para presidente ou senador? Será que eles falam mal de politicos?

  4. Sim, falam, pois gente assim veio ao mundo da forma errada e não fazem o menor esforço de mudar a situação. Explico: no geral (eu disse no geral!) pessoas assim não respeitam instituições e muito menos sabem o que significa disciplina, ordem, estrutura. Vêm de famílias divididas, ausentes ou que existem, mas são um péssimo exemplo. Trazem consigo a herança e as passam para os “seus” a essência do desmazelo, ignorância, “Lei do Gerson” (gostam de levar vantagem em tudo, não importa como). Pessoas assim quebram todo tipo de regra. Acham que leis, normas e afins só existem para serem quebradas.
    Quase todos os dias eu passo de carro pela Linha Vermelha aqui no Rio. Caras eu fico pensando durante o trajeto, o que um conjunto de mentes caóticas e mal educadas fez com essa cidade! Favelas, sujeira, bandidos, a Baía de Guanabara imunda e mal cheirosa (tenho que fechar o vidro e ligar o ar condicionado na recirculação para não sentir o cheiro da desordem e do regresso). Os habitantes desses locais, provavelmente nunca saberão o que é urbanização (ruas sinalizadas, praças, coleta de lixo, iluminação pública adequada, asfalto decente e etc…).
    Só para constar: fui criado só pela minha mãe que saía para trabalhar e eu ficava só ou com alguém de confiança. Mas a presença dela era presença mesmo. Ela me limitava, me disciplinava, me ensinava o certo e o errado (levei até cinto nas costas). Resultado: cresci, conheci uma pessoa, comprei um terreno, construí minha casa do zero, do barro. Fiquei todo bôbo quando chegou minha primeira conta de luz no meu nome. Mais ainda com o meu primeiro telefone. Depois assinei Sky (só via isso na casa dos amigos rsrs). Botei velox pra acesso à internet. Depois apertei mais o cinto e comprei meu primeiro carro. Tentem imaginar minha mãe hoje em dia vendo o filho dela casado direitinho sem morar de aluguel, sem viver de trambiques, “gatos”, “puxadinhos” e afins!
    Quero fazer da minha vida e do meu trabalho algo que seja construtivo para sociedade. Não tenho medo de ser chamado de antiquado, otário ou similares, pois os espertos estão aí se esgueirando da polícia, com a camisa no rosto, escondendo a vergonha nos noticiários. ou comendo quentinha numa cela, sendo apenas mais um número numa estatística política.

  5. Maior exemplo é a muamba no nosso setor. Uma loja vende um produto e um site desconhecido vende o mesmo pela metade do preço e todos sabem porque. Para o cliente esperto, o lojista é quem está vendendo pelo dobro por ser um ladrão que só quer ganhar mais. Bom mesmo é o muambeiro que cobra mais barato. O Brasil é o país da inversão de valores e a culpa é única e exclusivamente da população. Culpar políticos é como um pai culpar o filho por ele ser mal educado.

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