Um dos maiores estandes da IFA este ano é o da operadora inglesa Vodafone – um nome que precisa ser pronunciado com cuidado na Alemanha, onde o “V” tem som de “F”. Hoje, entre as infindáveis caminhadas que somos obrigados a dar entre os enormes pavilhoes da Messe Berlin (são 26, ao todo), tive que atravessar o gigantesco estande da Vodafone, trajeto que demorou mais ou menos uns 20 minutos. Foi quando, pela enésima vez, descobri que estava perdido. Como já havia ocorrido no ano passado, e no outro, e no outro…

Confesso que até progredi com o meu alemão de chucrute, mas isso ainda não é suficiente para entender o que eles falam. Ainda mais quando parecem não ter a menor idéia do que estão dizendo. O pessoal de apoio, que está ali apenas para prestar informação, às vezes dá a impressão de que caiu no pavilhão de paraquedas. Nesse aspecto, a IFA é um pesadelo – não fosse a incrível quantidade de produtos interessantes, seria mais ainda. As distâncias são tão grandes que eles colocam microônibus para nos levar de um pavilhão a outro – o problema é que, ao contrário dos trens alemães, esses ônibus vivem atrasados; quando chegam! A maioria dos colegas jornalistas estrangeiros prefere ir a pé, e quando chove (como aconteceu ontem), é de doer.

Desculpem este relato que mais parece um muro de lamentações, mas é que esses, digamos, pequenos detalhes acabam prejudicando o trabalho. Pensando bem, esta Alemanha que estou vendo agora pouco lembra aquela outra, famosa e organizadíssima. O telefone do meu quarto no hotel não funciona há três dias. A conexão de internet está quase tão lenta quanto estamos acostumados no Brasil. E hoje, na estação do trem, fui impiedosamente atingido por uma goteira!

Será que estamos exportando nosso know-how? Só me resta dizer (em alto e bom alemão): É Vodafone!

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