Vários leitores perguntam sobre o TV Philips Cinema 21×9, que tem a tela mais larga que os 16×9 convencionais. Sim, estes seguem o padrão da TV Digital; os novos seguem o padrão do cinema, cuja tela é mais retangular. Nas demonstrações a que assisti até agora, a diferença é imperceptível: parece que você está sempre vendo a imagem “normal”, sem qualquer artifício. O segredo? Eles usam sempre filmes já transferidos para Blu-ray no formato original (21×9).
Tecnicamente, o que acontece é parecido com o processo que vivemos anos atrás, na passagem do formato 4×3 (também chamado “tela cheia”) para o 16×9 (widescreen). A princípio, viam-se na tela imagens cortadas em cima ou em baixo (ou em ambos), ou então esticadas nas laterais. Os televisores não faziam o ajuste automático ou, quando faziam, distorciam a imagem a tal ponto que até a Angelina Jolie ficava gorda! Com o tempo, foram desenvolvidos softwares de processamento que criam artificialmente pixels adicionais sobre os já existentes, tornando esse “esticamento” menos perceptível (na prática, só se percebe mesmo em pause, ou em cenas paradas; quando há movimentos rápidos, é quase impossível). Os bons TVs atuais fazem isso tranquilamente.
Com a chegada do formato 21×9 à televisão, é necessário refazer aquele processo. Se você colocar um filme 16×9 nesse novo TV da Philips, vai acontecer o mesmo problema: a imagem será cortada nas partes superior e inferior, aumentando assim sua largura; ou será alargada mesmo. Só que, segundo a Philips, o aparelho faz isso com muita precisão. É o que veremos quando pudermos, de fato, testar o Cinema 21×9 na prática (demonstração em evento é coisa muito diferente).
Para mim, a revelação é que já estão começando a sair discos Blu-ray com a opção de formato 21×9, ou seja, exatamente como os filmes foram exibidos no cinema. Pelas normas da Blu-ray Disc Association, essa opção terá de ser identificada na embalagem. É outro ponto a ser conferido com o disco na mão, levando em conta a total falta de normas existente no Brasil. Deveria ser o mesmo com os tipos de áudio registrados no disco, mas nem sempre é.
Só acho o seguinte: há anos a indústria muda formatos de tv. Muda cabos, conexões, padrões de definição de imagens, de uma maneira tão perversa, que nos faz (se quisermos usar essa ou aquela tecnologia) desembolsar uma grana, só pra depois de alguns meses sermos surpreendidos por um novo formato.
Veja o caso da guerra Blu-ray e HD-DVD. Pessoas que viram ou ouviram falar dos aparelhos da toshiba e simpatizaram com o mesmo, gastaram uma grana para obtê-lo e hoje se arrependem do investimento.
Vem agora esse tv da Philips com um novo formato de tela que faz e acontece. Óbvio que um tv desses não sairá barato para os seus primeiros compradores. Além disso, há várias empresas (como foi noticiado aqui mesmo no blog) que estão investindo no 3D. Se eu compro essa tv da Philips agora, o que eu faço com ela, assim que sairem em massa os modelos 3D?
Me desculpe mas me sinto uma cobaia dentro de um laboratório cujas experiências nunca têm fim.
“Para mim, a revelação é que já estão começando a sair discos Blu-ray com a opção de formato 21×9”
Orlando
Nesse caso a única TV do mundo (incluindo projetores) que vai se beneficiar com isso é esse modelo da Philips. Pois não se tem hoje projetores para uso doméstico com resolução nativa 21×9, que daria aproximadamente 2538 x 1080 pixels.
Outra coisa: como sabemos, o que acontece hoje é que o formato 21×9 vem dentro do frame 16×9. Nesse caso a TV da Philips poderia fazer como as lentes anamórficas de certos projetores fazem, esticar a imagem para cima e para baixo e depois lateralmente. Acho que seria um processo melhor que o adotado pela Philips, penso eu. E como essa TV se comporta quando o filme é em 21×9 e o menu em 16×9?
E para acabar com essas tarjas para quem tem TV’s 16×9, as distribuidoras deviam dar as duas opções de assistir, 16×9 ou 21×9 (para quem gosta desse formato, ou tem um projetor com lente anamórfica ou ainda tem essa nova TV da Philips).
Aí todo mundo ficaria feliz.
Renato,você tem razão em suas ponderações mas a indústria,imensas corporações(assista o documentário-A Corporação-que é muito interessante e elucidativo)estão pouco se lixando para nós,os consumidores,eles só querem o nosso dinheiro e que troquemos nossos equipamentos o mais frequentemente possível,para manter seus astronomicos faturamentos(dane-se o meio ambiente),por isso aquele tempo em que a tv da família que durava 10 anos ou mais,esqueça.Agora as inovações virão em ritmo cada vez mais vertiginoso,prepare-se!Os comerciais sobre a durabilidade das tvs de 100.000 ou mais de 20 anos torna-se até ridículo pois em curto espaço de tempo os aparelhos entram em obssolecência e já não os queremos mais…
Não vejo problema nenhum em assistir um filme rodado em 70mm ou Camera65 em minha TV 16×9 FullHD. Não me importam as tarjas pretas que ficam em cima e embaixo da imagem, o que me importa é que eu veja toda a tela, como foi exibida no cinema, e como foi imaginada pelo diretor. Sem nenhum corte, ou distorção pra preencher toda a tela. Além disso, com as luzes apagadas e uma boa taxa de contraste na TV, só veremos mesmo a imagem, as tarjas ficam praticamente invisíveis. Então, essa TV da Philips pra mim nada mais é do que uma bela peça de decoração, quando estiver desligada… Me viro muito bem com minha TV 16×9, muito obrigado.
Não vamos esquecer que além da TV 3D vem também a geração das TV´S com resolução 4K, o melhor a Full HD das Full HD.
eu adoro targa preta sem ela o filme nao tem sentido por que perde colorido
por isso q ela existi e nao vai sair por tao cedo
indepentente de 16×9 ou 21×9