Levantamento da Fundação Getulio Vargas mostra, em números, como os preços dos aparelhos eletrônicos em geral vêm caindo desde o início do ano. Exemplos: TVs, 8,23%; aparelhos de som, 3,97%; videogames, 9,67%; computadores e periféricos, 2,66%; celulares, 5,19%. O estudo nota que o dólar, no mesmo período (janeiro a setembro) teve queda de 2,93%, enquanto a inflação, medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), subiu 3,82%. A FGV não forneceu dados sobre os preços em outros setores da economia, mas tenho a impressão de que os eletrônicos estão entre os poucos que estão caindo.

Há três motivos para isso. O primeiro, claro, é a queda do dólar: todos os aparelhos utilizam componentes importados, em maior ou menor escala. O segundo é a progressiva nacionalização. No caso dos TVs, quase todos os fabricantes estão passando a montá-los em Manaus, o que hoje é menor oneroso para eles do que importar o produto acabado. Com mais de R$ 21 bilhões de faturamento até agosto (44% a mais do que no ano passado), o Polo Industrial de Manaus caminha para bater em 2010 seu recorde histórico, inclusive no número de trabalhadores contratados.

Mas o terceiro motivo para a queda nos preços dos eletrônicos está no comportamento do varejo, que incentiva as promoções e descontos, respondendo à famosa lei da oferta da procura. Justamente aquela que, assim como a lei da gravidade, muita gente – inclusive dentro do governo – quer revogar.

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