O setor de caixas acústicas é interessante. Ao contrário de displays e aparelhos eletrônicos em geral, as inovações são quase invisíveis – até porque caixas são feitas para se ouvir, embora haja empresas que capricham no design diferenciado. No Brasil, não é diferente. A oferta de marcas e modelos é tão grande que chega a confundir até os especialistas. Agora mesmo, duas marcas que já estiveram no mercado estão voltando: a inglesa KEF e a francesa Cabasse.
A primeira já passou por vários distribuidores e, apesar de sua inegável qualidade, não conseguiu se firmar. Já a Cabasse sempre foi uma marca de nicho, voltada para audiófilos, na linha definida pelos fundadores. Anteontem, conversei com Christoph Cabasse e Frederic Lebreton, executivos da empresa, que estão no Brasil para o relançamento oficial da marca. Agora, teremos três categorias bem distintas de produtos, inclusive modelos de embutir, e uma política mais aberta às opiniões dos revendedores. Pelo menos, é o que eles prometem.
Um detalhe importante é que a Cabasse foi adquirida anos atrás pela gigante japonesa Canon e, com isso, teve mesmo que se restruturar. Vamos ver o que isso significará na prática para o consumidor.
O problema da KEF no Brasil é que tem muita gente trazendo de fora e como já discutimos aqui, por muito menos. Como o Brasil é o país da inversão de valores, loja boa é a que vende pela metade do preço. Não interessa se o troco vem em bala ou em drogas depois do Paraguai, mas na hora de comprar o que vale é o menor preço. Se aquela loja alimentou um muambeiro que nas horas vagas também trás munição e drogas para os morros e esta munição matou um familiar de um consumidor esperto que só compra “barbadinhas”, aí a culpa é do governo e não do esperto de luto.