Antigamente, quando se queria saber as tendências em tecnologia, bastava olhar para o mercado americano: quase sempre, o que acontecia por lá se replicava nos demais mercados, inclusive o Brasil. Pois é, não mais. Por exemplo: a adoção dos chamados web TVs está sendo mais rápida na Europa e na Ásia, embora os EUA tenham os sites mais visitados (YouTube, Google, Amazon, Facebook).

As mais recentes pesquisas confirmam que o acesso à internet via TV é o grande fenômeno da indústria eletrônica na atualidade. A empresa Futurescape, especializada em análises do mercado de tecnologia, diz que nos próximos três anos 54% de todos os televisores vendidos nos EUA serão do tipo web TV. Já a Samsung vai além, prevendo que até 2014 nada menos do que 70% de seus TVs – no mundo inteiro – terão a conexão (hoje, são 17%). Embora os EUA ainda sejam o maior mercado do mundo, quando se olham os números da Europa o fenômeno é ainda mais impressionante: de 4 milhões de TVs conectados em 2009, os europeus passarão a 47 milhões em 2014; na Alemanha, o crescimento já foi de 36% em 2010, e até 2015 estima-se que 65% dos TVs vendidos por lá terão web integrada.

Pelo que se viu na CES, semana passada, vai continuar a oferta maciça de conteúdos online, disputando espaço na agenda do telespectador com a televisão convencional. E é uma forma barata de fazer upgrade no equipamento, já que as atualizações de conteúdo são feitas automaticamente, ou podem ser baixadas de graça nos sites dos fabricantes. Ainda não tenho estatísticas sobre as vendas no Brasil, mas acredito que a tendência seja a mesma: todo mundo vai querer, até porque “não dói” no bolso. Mais detalhes sobre a CES aqui.

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