Na semana passada, completou-se um ano desde o anúncio oficial do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Sem querer me gabar, passo aqui o link para o comentário que fiz na época, sob o título “A banda estreita da viúva”. Na verdade, todos os analistas que não têm rabo preso com o governo sabiam que se tratava de uma grande enganação. Doze meses depois, o Plano não apenas está parado como já consumiu milhões do “nosso” bolso.

Diz a repórter Karla Mendes, do Estadão, citando como fonte o presidente da Telebrás, Rogerio Santanna, que a empresa já assinou contratos de licitação no valor de R$ 207 milhões e que, dos cinco funcionários que possuía em maio de 2010, agora tem 150!!! Como se recorda, na época Santanna e outros integrantes do segundo escalão do governo convenceram o presidente Lula a reativar a Telebrás para tocar o PNBL. Quem fez o anúncio foi a hoje célebre ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Depois de prometer conexão de até 1Mbps por R$ 35 mensais para mais de 4 mil municípios brasileiros, Lula e seus assessores divulgaram uma patética lista de 100 cidades – que chamei aqui de “As 100 cidades fantasmas” – que teriam o privilégio de receber banda larga já em 2010. Até agora, nenhuma.

A desculpa é que houve cortes no orçamento. O mais inacreditável é que, sem nem ficar vermelhos de vergonha, Santanna e o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Álvarez, insistem que as metas estão mantidas. Ou seja, nosso dinheiro vai continuar saindo pelo ralo e o número de cidades fantasmas só irá crescer.

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