Comentei na semana passada sobre o jornalista inglês Mark Hillary, que está no Brasil tentando explicar a seus compatriotas por que as coisas aqui são como são. Sugiro a todos uma passada pelo seu site (este é o link) de vez em quando. Certas histórias que Mark conta ganham contornos de comédia.

Num de seus mais recentes posts, ele critica executivos brasileiros que se atrasam para seus compromissos. “Se alguém andou uma hora ou mais para encontrá-lo, e você o faz esperar por uma hora, significa que aquela pessoa já perdeu metade do seu dia por sua causa”, diz ele. “Fazer as pessoas esperarem não dá status a ninguém. E também não é culturalmente aceitável dizer que ‘o Brasil é assim mesmo’. Apenas demonstra que você não é capaz de organizar nem a sua agenda. E, portanto, Deus tenha pena das pessoas na sua empresa que dependem de você”.

Pois é, sempre me revoltei com esse péssimo hábito brasileiro de se atrasar para reuniões, como se fosse “normal”. Certos executivos vivem arrotando leituras de livros sobre marketing, administração, eficiência e até religiosidade, e não conseguem colocar em prática regras básicas da convivência e da boa educação. Para esses, nosso amigo Mark recomenda ler mais sobre Narayana Murthy, um dos homens mais ricos do mundo (é dono da indiana Infosys). Mesmo com todas as suas ocupações, Murthy nunca cancela um encontro que esteja em sua agenda – por menos importante que seja.

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