Meio que como na velha história do cachorro correndo atrás do próprio rabo, a indústria eletrônica vive descobrindo novas formas que prevenir a pirataria – e esta acaba decifrando os enigmas às vezes mais rapidamente do que se espera. Hoje mesmo, um leitor comentou aqui que já encontra discos Blu-ray piratas à vontade em Brasilia e que, ao comparar alguns deles com os originais, não viu diferença. Som, imagem, menus, legendas… tudo igual. É um cenário que se repete em todo o país, infelizmente.

Enquanto isso, recebo via newsletter do site Network World a informação de que a Texas Instruments desenvolveu um chip chamado OMAP, que consegue proteger (como firewall) conteúdos de alta definição (1080p) para reprodução, via HDMI, em televisores e até tablets e smartphones Android. Como se sabe, este sistema operacional criado pela Google é extremamente vulnerável a invasões – mais até do que o Windows. E, com os aparelhos portáteis ganhando cada vez mais funções e popularidade, Hollywood teme que a copiagem não autorizada de filmes torne-se incontrolável (mais do que já é).

O interessante desse novo chip é que o dispositivo de proteção está dentro dele, ou seja, o pirata terá que abrir o chip para roubar os dados! É uma solução parecida com a adotada pela Intel na série de microprocessadores Sandy Bridge, lançada no início do ano para PCs. Se vai dar certo? Quem pode dizer? O cachorro continua tentando alcançar o rabo…

1 thought on “O cachorro e o rabo

  1. Muito fácil acabar com a pirataria, é só a indústria deixar de ser gananciosa e cobrar um preço justo pelos Blu-Rays. Acredito que os títulos de filmes (mesmo as novidades) por R$20,00 venderiam bem e os títulos de shows por R$30,00. Porque na europa você compra a caixa com 6 discos de Blu-Ray do Planeta Terra da BBC por R$40,00 e aqui no Brasil ela custa R$240,00?? Dá-lhe pirataria!

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