Ainda não há perspectivas para os americanos saírem da recessão econômica, no curto prazo, mas alguns sinais estão deixando animados os profissionais do setor de sistemas eletrônicos residenciais. Uma pesquisa da empresa Berg Insight, divulgada esta semana, indica que o segmento chamado “smart home” está crescendo de forma surpreendente. Até o ano passado, estavam registradas apenas 440 mil construções desse tipo, número que subiu 32% nos últimos doze meses. A previsão é de chegar a 5,38 milhões delas por volta de 2015, com investimentos da ordem de US$ 9,5 bilhões.

Não sei como chegam a esse tipo de resultado, mas o fato é que várias tendências de mercado apontam nessa direção. Sim, o setor imobiliário continua quase inativo; praticamente, não se constroi nada de novo, ainda como efeito da crise das hipotecas de 2008. Segundo a revista especializada Electronic House, centenas de lojas especializadas e empresas de projetos fecharam as portas nos últimos dois anos. Mas há uma grande parcela de usuários disposta a investir em confortos domésticos, especialmente aqueles que já usufruem dos benefícios de tablets e smartphones. “O sucesso do iPhone e do iPad é uma bênção para o nosso segmento”, diz Alan Varghese, que coordenou a pesquisa.

Esse tipo de consumidor, diz ele, quer estender a praticidade dos aparelhos portáteis para o seu estilo de vida doméstico. Juntem-se a isso as campanhas de governos e prefeituras pela economia de energia e o esforço de operadoras como Comcast e Verizon para oferecer novos serviços além de telefone e TV por assinatura, e o quadro até que pode se alterar, pelo menos nesse segmento específico. Mais uma vez, pode estar na tecnologia o início do fim da crise.

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