Pelo que todo mundo diz, os TVs 3D ainda não decolaram. Bem pouca gente, em quase todos os países, considera esse recurso essencial na hora de escolher seu novo TV. A falta de conteúdo e o desconforto com os óculos são geralmente apontados como os dois principais inibidores. Mas a mais recente pesquisa da empresa especializada DisplaySearch, divulgada na semana passada, mostra que isso pode mudar – e mais rápido do que se imaginava.

Segundo o levantamento, feito junto aos principais fabricantes asiáticos, no segundo trimestre deste ano as vendas de TVs 3D atingiram a casa dos 10% de todo o mercado mundial de LCDs (eram apenas 1,6% no final do ano passado). E a estimativa é de chegar a 20,9% nos primeiros três meses de 2012. Considerando a previsão superior a 300 milhões de televisores saindo das fábricas, teríamos cerca de 60 milhões de TVs 3D, o que definitivamente não é pouca coisa.

Contribuem para esse crescimento, dizem os pesquisadores, várias iniciativas tomadas pelos fabricantes, que enxergam na tecnologia 3D uma forma de “rejuvenescer” o segmento e retomar, pelo menos em parte, suas margens de lucro. Por exemplo: para quem comprar TVs de 240Hz, mais caros que os de 60 e 120Hz (estes são a maioria), está sendo oferecido desconto de até 50% no valor dos óculos ativos. Já os fabricantes chineses de TVs com óculos passivos partiram para outra estratégia: substituir o painel interno de backlight, do tipo LED, pelos antigos painéis CCFL, de lâmpadas fluorescentes, conseguindo assim praticar preços mais baixos. Segundo a DisplaySearch, esse tipo de TV está fazendo muito sucesso na China.

Outra providência que certamente ajuda a vender os TVs 3D é ressaltar, no ponto de venda, a conversão 2D-3D. Como há mesmo pouquíssimo conteúdo original em 3D, a saída é mostrar ao consumidor que ele pode assistir até mesmo a sua novela ou seu jogo de futebol tradicional em três dimensões.

Vamos ver se as previsões se confirmam. A propósito, um guia completo para entender a tecnologia 3D pode ser encontrado neste hot site.

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