Era uma manhã fria, no final de 2006, quando Steve Jobs reuniu o grupo de engenheiros da Apple que trabalhavam no projeto do iPhone. Depois de algumas tentativas de demonstrar o protótipo, que falhava a todo momento, Jobs interrompeu a reunião. Estava calmo, algo raro nesse tipo de situação. Mas foi direto ao ponto: “Ainda não temos um produto”, disse ele, ordenando que os técnicos voltassem ao trabalho. No início de 2007, haveria mais uma edição da MacWorld, e todo mundo estava esperando outro grande lançamento da Apple. A equipe virou noites em claro e, enfim, conseguiu cumprir a meta determinada pelo chefe.

Conto essa história a propósito da notícia, divulgada hoje, de que a Apple está reavaliando o iPad 3. Alguns exemplares vêm apresentando seguidas falhas, o que em se tratando de Apple é, no mínimo, inadmissível. A conexão WiFi é instável, ligações caem aparentemente sem motivo, a navegação é lenta… incrível, foi exatamente esse tipo de defeito que fez Jobs rejeitar o protótipo do iPhone em 2006! A empresa está até orientando quem já comprou um iPad 3 a levá-lo à assistência técnica, caso apresente esses defeitos. Uma situação inimaginável nos tempos de Jobs.

O que terá acontecido? Com a palavra seu sucessor, Tim Cook, que até agora, no entanto, não se manifestou. Talvez não tenha acontecido nada. Simplesmente, está faltando alguém. Que jamais deixaria ser lançado um produto defeituoso.

2 thoughts on “A falta que o homem faz

  1. Ué, e o antenagate do iPhone? Não era com Jobs? E o Newton, retudante fracasso, não foi lançado por Jobs? E o Lisa? E os Mac que derretiam?

    Falta um mínimo de credibilidade histórica neste artigo.

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