Talvez seja o assunto mais comentado hoje entre especialistas em tecnologia: IoT (sigla em inglês para “Internet das Coisas”). Com os aparelhos cada vez mais conectados, entre si e com hubs ou servidores na nuvem, esse mundo – que estava só na ficção científica – parece mais próximo. Quase todos os fabricantes afirmam estar desenvolvendo produtos para essa era em que será possível interligar, literalmente, tudo.

Bem, seria ótimo se fosse assim tão simples. Acaba de sair um estudo pioneiro da empresa russa Kaspersky, uma das líderes mundiais em segurança digital, mostrando que os aparelhos criados para IoT, pelo menos alguns deles, não são seguros; aliás, podem ser facilmente invadidos. Os técnicos da empresa usaram produtos que já estão à venda, como o pen-drive Chromecast, da Google, que promete acesso rápido e prático à internet e a possibilidade de transferir todo tipo de arquivo entre aparelhos diferentes. Testaram ainda uma câmera de segurança da marca Philips, dessas que servem para monitorar o quarto do bebê; uma cafeteira smart, outra maquininha que está se tornando comum; e um sensor eletrônico para portas e janelas.

Todos os produtos avaliados foram descritos como “inseguros”. No caso do Chromecast, conseguiram invadi-lo a distância com uma simples antena Wi-Fi. No teste da câmera de segurança, foi possível até roubar a senha do usuário e acessar seus emails!

Para tranquilidade (ou não?) dos consumidores que gostam de coisas baratas, a Kaspersky informou ter entrado em contato com os quatro fabricantes e que todos concordaram em retirar seus produtos de circulação. A exceção foi a Google: a versão 2015 do Chromecast continua apresentando os mesmos problemas.

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