Kenichiro Yoshida (foto), hoje responsável pelas finanças da Sony Corporation, assume em abril o posto de CEO, substituindo Kazuo Hirai, que sai depois de seis anos. Embora Hirai vá ocupar um cargo teoricamente mais alto (chairman, algo como presidente do Conselho de Administração), a troca indica uma mudança de rota na empresa-símbolo da tecnologia japonesa. Yoshida é tido como principal artífice da recuperação econômica do grupo, que na última sexta-feira apresentou seu melhor balanço dos últimos anos: lucro operacional de US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre de 2017, um enorme salto sobre os US$ 180 milhões de um ano atrás.

No anúncio oficial, sobraram elogios de parte a parte, e Hirai, executivo com postura de superstar, bem diferente do estilo tradicional nipônico, “cai pra cima”, como se diz no idioma corporativo. Foi ele quem construiu a marca PlayStation, hoje a mais rentável do grupo, e colocou ordem na operação de cinema (Sony Pictures), hoje também lucrativa. Também vendeu a divisão de computadores Vaio e as fábricas de TVs, focando na produção de sensores de imagem (para câmeras e projetores).

Analistas de mercado em Tóquio comentam que Yoshida, um ano mais velho que Hirai, é totalmente focado nos números. Começou em 2012 um processo de enxugamento que ainda não está concluído, dizem. A partir de abril, saberemos se é só isso mesmo.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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