A edição de dezembro da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL, saindo esta semana (e que pode ser baixada aqui), traz uma seleção entre as melhores soundbars do mercado. Sei que muitos leitores torcem os ouvidos para essas caixas, mas é uma realidade: cada vez mais consumidores estão buscando essa solução, não pela performance, claro, mas pela praticidade.

A melhor ilustração disso talvez esteja no recurso Dolby Atmos. Esse padrão foi criado visando expandir a sensação de envolvimento sonoro, nas salas de cinema, através de softwares que manipulam os sinais de áudio para preencher todo o ambiente, incluindo as áreas acima da cabeça dos ouvintes. Quando pensaram na transposição disso para ambientes residenciais, os engenheiros da Dolby imaginaram caixas acústicas instaladas no teto e nas paredes. Ou seja, pensaram num mundo ideal.

Como sabemos, cada residência tem suas peculiaridades arquitetônicas e, portanto, acústicas. Nem toda casa ou apartamento permite instalar caixas nas paredes – menos ainda no teto. A saída inventada pela indústria foi embutir o processador Dolby Atmos nas TVs e nas soundbars, que surgiram – vejam só – justamente para melhorar o áudio dos televisores. O padrão pode ser encontrado até caixas compactas ativas, como a JBL Authentics 500 (vejam o teste que fizemos).

Em todos esses casos, o que se tem não é o verdadeiro Atmos, mas uma simulação. Falantes tão compactos não são capazes de recriar a ambientação dos efeitos sonoros, principalmente nos conteúdos via streaming, que chegam a nossas casas com muita compressão, o que é obrigatório diante da avalanche de dados que circulam pelas redes.

SIMULAÇÕES QUASE PERFEITAS

Outro fator fundamental é o número de falantes. TVs de alto padrão, por exemplo, quando em tamanhos maiores, trazem vários falantes embutidos na moldura – algumas até com subwoofer no painel traseiro, caso da MiniLED TCL C845 (vejam o vídeo). Seus processadores Atmos conseguem distribuir os sons de forma mais ampla, como na OLED Samsung S95D. Nunca atingem a performance de um sistema com caixas devidamente posicionadas no teto e nas paredes, mas ainda assim é quase um milagre o que esses softwares conseguem fazer.

 

 

 

Idem para as soundbars. Já testamos modelos como a JBL BAR 1300 (aqui) com seus falantes que jogam os sons para cima simulando o efeito das caixas embutidas no teto. Dependendo do software utilizado e da eficiência do processador, soluções como essa provocam uma sensação de envolvimento bem agradável, principalmente numa sala compacta (até 20m2) e com teto baixo (até 2,70m).

Com o uso da Inteligência Artificial, podemos esperar que essas simulações se tornem ainda mais convincentes. Serão sempre simulações, mas que atendem a maioria dos usuários.

 

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