
Em agosto, durante evento em São Paulo, foi anunciada a nova estratégia de distribuição da Harman no Brasil, com foco nas revendas especializadas. A empresa assumiu todo o controle dos processos de comercialização, importação e entrega de seus produtos às revendas, incluindo uma equipe de suporte pré e pós-venda.
No mesmo evento, o presidente da Harman do Brasil, Rodrigo Kniest, anunciou que a empresa passa a assumir diretamente a distribuição de sua linha Luxury, voltada ao segmento high-end, até então a cargo da distribuidora Mediagear. São marcas de prestígio, como Arcam (receivers e amplificadores), Lexicon e Mark Levinson (amplificadores, processadores e players), Revel e JBL Synthesis (caixas acústicas), que agora devem entrar com maior regularidade no segmento especializado.
Centros de experimentação de áudio
Foram duas decisões maturadas por alguns anos, segundo Kniest, porque era preciso mapear o mercado, identificar as revendas com melhor potencial e suas reais necessidades e dificuldades. “Queríamos nos estruturar para poder oferecer o devido suporte a esses parceiros”, diz ele. “Sabemos como é essencial o papel das revendas especializadas para proporcionar ao consumidor as oportunidades de experimentação dos nossos produtos” (mais detalhes aqui).
Nessa reestruturação, a Harman está organizando sua distribuição em duas grandes áreas. As regiões Sul e Sudeste compõem uma delas, enquanto haverá uma equipe totalmente dedicada ao atendimento nas demais regiões do país. Uma das ideias é desenvolver, em parceria com os integradores, centros de experimentação onde possam ser oferecidos treinamentos, workshops e outras ações locais. Serão produzidos conteúdos técnicos em português para dar apoio ao trabalho das revendas junto aos usuários finais.
Contrabando e áudio high-end
“Não queremos fazer só sell-in (venda ao revendedor), mas também sell-out (venda do revendedor ao consumidor)”, costuma dizer Kniest, que também é vice-presidente do Grupo Harman para a América do Sul (incluindo Paraguai). Este, aliás, é um ponto crucial, sobre o qual ele falou ao portal HT&Casa Digital: após muitos anos de esforços, a Harman garante ter equacionado a questão do contrabando de seus produtos, com um complexo esquema de vigilância e ações penais (vejam aqui a entrevista).
Já liderando os segmentos de áudio popular e mid-end com a marca JBL, a Harman quer agora crescer também no high-end, e sabe que para isso precisa das revendas especializadas. Usando muita tecnologia de ponta, a empresa montou um sistema de logística para atendimento e suporte, com uma rede de 300 postos de serviço. Isso tudo, segundo Kniest, permitirá já a curto prazo dobrar a participação das marcas Harman no mercado.

Sempre tive aparelhos modulares e deveria ter blu-ray player UHD, não gosto de streaming.