4K, realidade virtual e as novas tendências de consumo

Via Business Wire*

A adoção rápida dos dispositivos IoT (Internet das Coisas) e o entusiasmo com as tecnologias emergentes farão o mercado americano de consumo chegar a US$ 286,6 bilhões em vendas no varejo em 2016 (US$ 224 bilhões no atacado). É o que diz um estudo da CTA (Consumer Technology Association), divulgado esta semana. O relatório U.S. Consumer Technology Sales and Forecasts indica que as vendas de novos produtos – como vestíveis, drones e aparelhos para automação residencial – vão crescer 1,3% sobre o ano passado.

“Estamos no meio de um período de transição”, diz o presidente da CTA, Gary Shapiro. “Existem no mercado mais produtos que permitem acesso a qualquer hora e em qualquer lugar, com experiências mais interessantes que os consumidores querem e precisam”. Segundo ele, é um momento crucial na história da tecnologia, com tecnologias emergentes como realidade virtual, controles por voz e drones – que tendem a impulsionar a indústria. “O valor dessas inovações vai muito além do entretenimento em si”, acrescenta Shapiro. “A tecnologia está mudando a vida das pessoas para melhor”.

Segundo a CTA, as cinco principais categorias de produtos eletrônicos – smartphones, tablets, TVs LCD, notebooks e desktops – representarão 51% do faturamento da indústria este ano, chegando à marca de US$ 114 bilhões. Smartphones e TVs compõem a maior parte desse crescimento, mas para 2017, pela primeira vez em muitos anos, esses cinco segmentos somados serão menos da metade do que os fabricantes irão vender, com maior presença das tecnologias emegentes. Entre estas, a CTA destaca:

4K Ultra HD – 2016 será um ano-chave para os TVs UHD, especialmente devido à introdução de tecnologias como HDR. A CTA estima chegar a 15 milhões de unidades (um aumento de 105% sobre 2015), com faturamento de US$ 12,9 bilhões (65% de crescimento). Os players Blu-ray 4K UHD, que acabam de chegar ao mercado internacional, irão ampliar ainda mais esse ecosistema, com vendas esperadas de 700 mil unidades e US$ 63 milhões em vendas.

Vestíveis – Impulsionadas pelos dispositivos de fitness, as vendas dos chamados wearables este ano devem chegar a 48 milhões de unidades (39% a mais que no ano passado). Já os relógios do tipo smartwatch, depois de um início forte, tendem a perder vendas em 8%.

Automação – A CTA projeta que o segmento smart home (incluindo termostatos, detectores de fumaça, câmeras IP ou Wi-Fi, fechaduras eletrônicas, dimmers, tomadas inteligentes etc.) irá vender 9,5 milhões de unidades este ano (29% mais que em 2015), com receitas de US$ 1,3 bilhão (24%).

Drones – As vendas desse tipo de aparelho devem bater recordes este ano, ultrapassando a marca de 2,4 milhões de unidades, o que significa 112% de crescimento.

Realidade virtual (VR) – Com vários fabricantes importantes lançando produtos, a CTA espera

que esse seja o setor de maior expansão este ano. Serão vendidas cerca de 800 mil unidades, ou 296% a mais que em 2015, com faturamento de US$ 432 milhões (ou 332% a mais).

Assistentes virtuais (DA) – Este é o primeiro ano em que o estudo da CTA inclui aparelhos de acesso por voz a serviços em nuvem (digital assistant devices), como o Echo, da Amazon. As vendas são projetadas em 2,2 milhões de unidades no ano.

Impressão 3D – Os recursos crescentes desses aparelhos farão o segmento crescer 56%, atingindo 171 mil unidades vendidas.

O estudo da CTA analisa também os segmentos de mercado considerados maduros e suas perspectivas para o ano:

Smartphones – O crescimento será de 5%. Para 2017, a entidade estima que irá aumentar o chamado “ciclo de troca”, com o usuários demorando mais a trocar seus aparelhos, reduzindo com isso a expansão das vendas.

Televisores – As vendas permanecerão no mesmo patamar de 2015: aproximadamente 39,7 milhões de aparelhos, dos quais 38,8 milhões de LCDs. Mas cresce a participação dos modelos 4K e smart.

Tablets – Depois de grande euforia nos últimos cinco anos, as vendas já caíram em 2015 e devem cair mais este ano: 2% a menos, ou 65 milhões de unidades.

Notebooks – A previsão é de 25 milhões de aparelhos vendidos, ou 6% de aumento. Mas o faturamento deve cair 8%, para US$ 15,8 bilhões.

Desktops – A queda este ano será de 15%, como já vem acontecendo nos últimos anos.

 

*O estudo da CTA é exclusivo para empresas filiadas. Pode ser adquirido neste link.