Quase um ano depois de ter anunciado que venderia sua divisão de TVs, o grupo Royal Philips confirmou nesta quarta-feira o acordo com os chineses da TPV Technology (dona da marca AOC).  Está sendo criada a TP Vision, joint-venture entre os dois grupos, sendo que a Philips fica com 30% das ações, e a TPV com os outros 70%. Curiosamente, a sede da nova empresa será em Amsterdam e seu presidente será um holandês, Maarten de Vries, indicado pela Philips. “A TP Vision vai ser um nome importante no mercado global, garantindo a continuidade da marca Philips”, resumiu o CEO do grupo, Frans van Houten.

Como nos casos, já comentados aqui, de Sony/AUO e Sharp/Hon Hai, a ideia é somar a força de uma marca tradicional no segmento de TVs, como é a Philips, com a infraestrutura de produção chinesa. Todos esses grandes fabricantes estão chegando à conclusão de que não há como competir com os coreanos em termos de custo, mas talvez haja uma possibilidade terceirizando a fabricação e montagem dos aparelhos. É o que vêm fazendo, há anos, os fabricantes de computadores e celulares. Apple, Nokia, Motorola etc. não produzem uma única peça; simplesmente mandam fazer, do seu jeito. E os chineses fazem. E entregam, rapidinho e a custo mais do que conveniente.

Segundo de Vries, a TP Vision será responsável pelo design, vendas e distribuição dos TVs Philips em todo o mundo, com exceção de China, India, EUA, Canadá, México e alguns sul-americanos. Ainda não está claro como ficará a operação brasileira (está marcado para a próxima semana um evento em São Paulo, onde espera-se que o assunto seja esclarecido).

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