Quase todo dia sai algum estudo sobre o crescimento dos serviços OTT (over-the-top) pelo mundo afora, Brasil inclusive. Aparentemente, não há como escapar: cada vez mais as pessoas vão buscar na internet suas fontes de entretenimento, e cada vez menos nas grades fixas da televisão tradicional (aberta ou fechada). Não é casual, portanto, o lançamento de serviços de vídeo sob demanda por parte das próprias operadoras, emissoras e programadoras. São elas, afinal, que detêm os melhores conteúdos.

A última da lista é a Fox, que nesta segunda-feira anunciou o serviço Fox Play, já disponível para os assinantes da GVT e da Vivo TV. A Fox certamente está negociando com as demais operadoras, que têm suas bases de clientes consolidadas, mas trata-se de mais uma opção de acesso a conteúdos online independente do dispositivo utilizado. Vivo Play, Claro Vídeo e o recém-lançado Live Tim Blue Box são alguns exemplos; a Globosat, principal programadora do país, também tem o seu Globosat Play, enquanto a Sky criou no ano passado um acesso a seus conteúdos pelo videogame Xbox.

No fundo, a preocupação de todas essas empresas é diminuir o espaço para o crescimento da Netflix. Aliás, foi o próprio presidente da Net, José Felix, quem admitiu isso tempos atrás, ao site Telessíntese. Como sabe quase todo mundo que tem um portal, site ou blog, ainda não se descobriu a chave para fazer os serviços online darem dinheiro. Mas bem que alguns deles podem atrapalhar quem já atua nas outras plataformas.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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