Desculpem voltar a assunto tão repetitivo, mas um fato relevante não me deixa calar. A escolha de Fernando Collor para presidir uma comissão do Congresso, estampada ontem em todos os jornais, é daquelas notícias que estragam o café-da-manhã. Não só pela figura em si, mas pelos dois responsáveis por estar ele onde está: os srs. Lula e Sarney.
Os mais jovens não devem se lembrar da eleição presidencial de 1989, a primeira após o regime militar. Sarney era o presidente, e os dois candidatos que chegaram ao segundo turno (Collor e Lula) passaram a campanha inteira chamando-o de corrupto e de coisas piores. E se acusando mutuamente, com as piores baixarias.
Pois é, hoje os três estão juntinhos. Eles se merecem. Nós é que não merecemos.
PS.: para tratar do tema corrupção, mais um brilhante artigo do prof. Demetrio Magnoli, publicado no Estadão.
O mais triste de tudo isso é que a denúncia do Jarbas Vascocellos (como se precisasse denunciar algo que é escancarado, evidente) vai cair no esquecimento, como quase tudo no Brasil. Enquanto esses personagens dominarem o cenário político brasileiro, não vejo como sonharmos com “ordem e (principalmente) progresso”. É muito tráfico de influências, fisiologismo, troca de favores. Pobre povo brasileiro.
Apenas a título de contribuição, e tendo como “pano de fundo” o título deste tópico (“rindo da nossa cara”), veja-se o que o jornal Zero Hora, aqui de Porto Alegre/RS, publicou hoje sobre o árduo trabalho do nosso “glorioso” Senado Nacional. Não sei se é para rir ou para chorar:
“Senadores põem o trabalho em dia…
Depois de um mês sem votar matérias em plenário, o Senado decidiu trabalhar ontem.
O que aprovou:
– Solidariedade ao povo americano pelos atentados do World Trade Center – de setembro de 2001
– Congratulação ao governo colombiano pela libertação da ex-refém Ingrid Betancourt – de julho de 2008
– Voto de aplauso pelos 90 anos do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela – celebrado em julho passado
– Congratulações aos atletas brasileiros que disputariam a Olimpíada de Pequim (China) – em 2008. O texto manifesta o desejo de que as Olimpíadas “possam aproximar os povos e resultar em passos efetivos para a paz mundial”.”
Abraço, Orlando.
O Dr. Osacar Niemayer, deve estar muito triste com o que estão fazendo com os seus símbolos arquitetônicos do congresso Nacional.
Os políticos desvirtuaram completamente o significado dos mesmos, senão vejamos:
Para eles a parte côncava, serve para receber todas as benesses e falcatruas fruto das negociatas internas daqueles corredores e escritórios fétidos. A parte convexa mudou também o significado, servindo para acobertar tododos os “frutos” da escória política. As torres gêmeas ligadas por um cordão umbilical serve para a comunicação das negociatas, e como mãos erguidas aos céus pedem a deus, que “abençoe” os seus “trabalhos”. Ah!, o Bim Ladem se enganou nas torres gêmeas.
Existem políticos que há 40 o noso judiciário não conseguem condená-los.
Aqui o crime é perfeito, compensa.
Adelino