Em votação unânime, os membros do Conselho do Fórum SBTVD decidiram que o novo padrão brasileiro de TV Digital será baseado no ATSC 3.0, o mesmo adotado pelos EUA e já utilizado também na Coreia do Sul. A decisão, anunciada nesta 2a feira, veio dentro do prazo previsto, após concluídos todos os testes de campo e de laboratório (vejam aqui os detalhes).

Participaram desse processo, que começou em 2020, cerca de 90 especialistas, de órgãos públicos, entidades privadas e universidades. A recomendação do Fórum será encaminhada ao Ministério das Comunicações; a decisão final cabe ao presidente da República. O plano é autorizar oficialmente o início das transmissões em 2025.

A decisão do Fórum refere-se à camada física da TV 3.0, que define como os sinais serão transmitidos pelas emissoras e recebidos nas casas dos usuários. Havia duas tecnologias em estudo (a outra era a do padrão europeu DVB-T), mas os testes finais realizados a partir de dezembro passado concluíram que o padrão americano é mais estável. Foi considerado também o que melhor combina com as especificações definidas anteriormente pelos grupos técnicos do Fórum.

Como o Ministério das Comunicações vem participando ativamente dos estudos e apoiando o trabalho do Fórum, acredita-se que as questões técnicas referentes ao novo padrão estejam resolvidas. O desafio agora será convencer as emissoras a fazerem os investimentos necessários. O padrão prevê, por exemplo, que o sinal de vídeo seja transmitido em 4K e até 8K, com áudio imersivo, o que exigirá novos (e caros) equipamentos de transmissão e processamento.

Segundo Raymundo Barros, diretor de tecnologia da Rede Globo e presidente do Fórum, as emissoras terão de definir seus modelos de negócio baseadas nas inúmeras possibilidades que a TV 3.0 oferece – anúncios segmentados por faixa de público, região, faixa etária; pacotes de marketing; venda direta através da TV. “Será uma TV muito parecida com a internet atual”, diz ele.

 

1 thought on “TV 3.0: Brasil usará padrão americano

  1. Olá Orlando!
    Esperamos que o ministro das comunicações possa aderir essas recomendações e que o presidente possa sancionar esta escolha, para que possam demonstrar um grau de maturidade e avançarmos neste universo da tecnologia, com isso, beneficiar todo o ecossistema, que envolvem fornecedores, clientes, governo e todos os brasileiros, entregando qualidade nas comunicações em todo território nacional, deste nosso Brasil.

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