A invasão de hackers na PlayStation Network, confirmada hoje pela Sony, é mais um episódio de uma série que vem sendo registrada nas últimas semanas envolvendo grandes empresas da internet e a violação de dados pessoais de seus usuários. O caso – que já está sendo chamado de “PS3 Gate” – é talvez o mais grave. Segundo a empresa informou, por email, a cerca de 75 milhões de usuários espalhados pelo mundo, hackers de fato invadiram a rede e podem ter roubado dados como número e data de validade de cartões de crédito; endereço de email; senha e login da rede; endereço de cobrança; e histórico de atividades e compras na rede. O que mais preocupa, claro, são os dois primeiros itens, a ponto da Sony incluir no comunicado a seguinte observação:

“Verifiquem bem as suas faturas e confiram os relatórios de despesa”

A íntegra do comunicado, em inglês, é esta. Mas, infelizmente, a Sony não está sozinha. Google, Apple, Facebook e outras gigantes da web passam por problemas parecidos, variando apenas a forma como cada uma reage ao problema. Também nesta terça-feira, a Comissão de Energia e Comércio do Senado dos EUA enviou carta a seis empresas, entre elas Google e Apple, cobrando explicações sobre política de privacidade e segurança. Autoridades de outros quatro países (Alemanha, França, Italia e Coreia do Sul) também anunciaram que vão iniciar investigações a respeito. E, numa carta-aberta a Steve Jobs, o presidente da Privacy International (espécie de ONG que atua em moldes semelhantes à Anistia International), Simon Davies, pede explicações sobre a denúncia de que usuários do iPhone têm seus dados rastreados pela empresa, o que configuraria flagrante invasão de privacidade (leiam aqui a carta).

O alerta foi dado, no início do mês, por dois especialistas em segurança digital, Alasdair Allan e Peter Warden, que segundo The Wall Street Journal descobriram todo o processo técnico pelo qual um iPhone pode coletar os dados de seu usuários e até – acreditem! – rastrear por onde a pessoa andou em determinado período de tempo.

Bem, nunca levei muito a sério essa história de privacidade online. Agora, ser espionado pelo seu próprio celular é demais, não? Vamos ficar atentos!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *