Recém-instalada no Brasil, a gigante alemã GfK, especializada em pesquisas de audiência e análise de mercado, está começando a entender como as coisas funcionam aqui. Concorrente direta do Ibope, que reinou soberano durante décadas no setor de medição de audiência de TV, a GfK emitiu nota ontem desmentindo notícia do UOL sobre um suposto assassinato numa favela do Rio.

A nota, porém, não teve grande valia. O site confirmou com outras fontes que um morador da favela foi assassinado, com um tiro na cabeça, quando concordou que um funcionário da GfK instalasse em sua casa um aparelho medidor de audiência. O atirador seria um traficante que atua na região, onde – como em tantas outras localidades do país – impera o “gatonet”. O fato teria ocorrido em maio do ano passado, provocando a demissão do diretor da empresa no Brasil, Ricardo Monteiro.

Em tempo: para convencer emissoras a comprar seu serviço de pesquisas, uma das ofertas da GfK foi justamente a medição em favelas, prática que o Ibope recusa por motivos de segurança.

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