Também nesta quarta-feira, durante o Congresso NEOTV 2013, foi oficialmente apresentada a plataforma de Video-on-Demand da entidade que representa pequenas e médias operadoras de TV por assinatura. Desenvolvido pela empresa paulista EnterPlay, a partir de uma solução da europeia OnDemand, o serviço começa agora a ser oferecido às prestadoras. A NEOTV representa cerca de 160 delas, entre empresas de TV paga e de banda larga, que somadas devem atender a cerca de 800 mil domicílios em todo o país (sua cobertura hoje é de 335 municípios, em 19 estados). É pouco, se comparado à penetração de uma Net ou Sky, mas é onde o mercado mais está crescendo: o interior, e não os grandes centros urbanos.

Conversei ontem com diretores da EnterPlay, que garantem ser uma plataforma robusta o suficiente para abrigar todos os tipos de conteúdo hoje desejados pelos assinantes: filmes, eventos, TV aberta, games, internet etc. O sistema funciona a partir de uma minúscula caixa conversora que recebe sinais via USB, HDMI, áudio óptico ou A/V analógico, e pode distribuí-los a várias telas ao mesmo tempo, usando uma rede sem fio doméstica (a velocidade está na casa dos 700 kilobits por segundo). Segundo Fabio Vilardo, um dos criadores do projeto, é uma solução ideal para famílias de classe média, incluindo aquelas que porventura ainda possuam um TV de tubo (sim, a caixinha permite essa conexão). Como é leve e compacta, pode ser facilmente destacável para levar, por exemplo, a uma segunda casa – havendo conexão de banda larga, até mesmo em 3G, o sinal é captado (vejam aqui o vídeo que fizemos no evento).

O desafio agora está em montar o modelo de negócio adequado a cada operadora. Esta terá que comprar a caixa e instalar na casa do assinante, oferecendo a ele o máximo possível de conteúdos (segundo Vilardo, a solução comporta até 10 mil filmes). Mariana Filizola, diretora da NEOTV, acha que todos os filiados deverão querer essa solução, porque a procura por serviços sob demanda é grande pelo Brasil afora. “Não tem mais volta, essa é a tendência do mercado”, diz ela. “Quem ficar restrito à programação linear não vai conseguir sobreviver.”

1 thought on “VoD made in Brazil

  1. Ultimamente, aos serviços de voz e dados tem incluído serviços de vídeo e/ou multimédia . Muitos desses serviços não existiam antes de se começar a falar em convergência de redes, por isso pode-se dizer que já “nasceram convergentes”, como IPTV (que, a despeito do nome, é diferente de simplesmente enviar a transmissão da televisão analógica tradicional por protocolo IP). A oferta combinada de serviços de voz, Internet banda larga e televisão recebe o nome de Triple play , embora esse termo tenha origem no marketing e seja um modelo de negócios para comercialização dos produtos e não uma solução ou padronização tecnológica.

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