Nesta quarta-feira, o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) negou pedido da Gradiente e da Apple, que estão negociando a marca “iPhone”. Como se sabe, a empresa brasileira havia impedido a americana de lançar oficialmente o produto no Brasil alegando ter registrado a marca em 2001. Começou então uma longa negociação entre ambas, semelhante à que a própria Gradiente tivera com a Sony, anos atrás, em torno da marca “PlayStation” – a Sony acabou pagando uma indenização para poder lançar o produto.
Só que a situação hoje é diferente. O INPI descobriu que a Gradiente tem uma dívida de R$ 947 mil com o Banco do Brasil e solicitou o chamado arresto da marca, ou seja, esta não poderia ser negociada e, caso fosse, o valor apurado iria diretamente para o pagamento da dívida. O Banco do Brasil já havia pedido o bloqueio da marca, em outro processo, movido contra a IGB Eletrônica, dona da Gradiente.
Segundo o site G1, no final da tarde desta mesma quarta o empresário Eugenio Staub, proprietário da IGB, informou ter obtido a”suspensão do arresto”. De qualquer modo, a decisão do INPI complicou toda a negociação, que caminhava bem: a Apple decidiu resolver a questão financeiramente o mais rápido possível, e a Gradiente precisa urgentemente de capital para voltar a operar. A palavra agora está com a Justiça.