O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) prepara um estudo técnico sobre os formatos de compressão do sinal de vídeo 3D e as possibilidades de transmissão em TV aberta. Segundo o site Tela Viva, a ideia é criar uma norma para as transmissões no Brasil. Como se sabe, a RedeTV saiu na frente e começou a exibir seu programa de maior audiência – o “Pânico na TV”, domingo à noite – com imagens em 3D. Na verdade, uma forma sutil de enganar o telespectador, pois sempre que se fala em TV 3D pressupõe-se imagens em alta definição. E o que a emissora está transmitindo está longe de ser HD.
O formato adotado ali é o que tecnicamente se conhece por “imagens lado a lado”: duas imagens similares são processadas simultaneamente, com pequena diferença de tempo, dando ao telespectador a ilusão da terceira dimensão. Para fazer isso em alta definição (1080i), é necessária uma largura de banda da ordem de 16 Megabits por segundo para cada imagem (2×1080). Ou seja, para levar esse sinal ao ar, só mesmo sacrificando a resolução. A RedeTV! alega que esse é o formato aceito pelos televisores 3D disponíveis no mercado. E garante que toda a sua grade está sendo transmitida em 3D, sendo que parte é sinal original 2D convertido para 3D. Segundo o Tela Viva, todos os programas ao vivo da RedeTV estão sendo captados com câmeras 3D. Difícil acreditar!
Em evento na semana passada em São Paulo, Raymundo Barros, diretor de engenharia da Globo-SP, disse que a emissora não pretende usar esse recurso para não sacrificar a qualidade das imagens. A idéia é apostar na alta definição. Portanto, só mesmo quando for definido um novo padrão de compressão que não prejudique o sinal.
Que bom que a Globo prefere apostar na alta definição.Só é preciso saber é quando essa aposta vai começar,pois ainda são pouco frequentes os programas e principalmente os filmes em HD.Ainda não entendo como esa emissora ainda passa filmes em formato SD e em 4:3.Aguém pode me explicar a lógica disso?Será que é só para não “desgastar” os transmissores de HD?