Os mais puristas certamente não vão gostar de saber. O site norte-americano Audio/Video Revolution publica que alguns dos principais fabricantes da atualidade estão hoje mais preocupados com o design de seus produtos do que com a qualidade técnica. A razão é que os equipamentos estão ficando tão parecidos que, para a maioria dos consumidores, torna-se cada vez mais difícil diferenciá-los do ponto de vista da performance. O aspecto visual, por isso, passa a ser mais valorizado.
 
Não seria por outro motivo que empresas como Samsung, Philips e LG, entre outras, destacam o design de seus produtos com tanta ênfase. De fato, nos últimos dois anos houve uma avalanche de aparelhos com apelo mais, digamos, estético. Pode-se citar como exemplos os TVs Ambilight (Philips) e Tulip (Samsung), o celular Prada (LG) e o computador Vaio (Sony). Sem falar no iPhone, que já virou ícone do design eletrônico.
 
Na última CES, o novo chefão da Philips, Andrea Ragnetti, disse abertamente que a nova estratégia da empresa se inspira na opinião das mulheres que, como se sabe, são mais adeptas do design. A parceria da empresa com a fábrica de jóias Swarovsky se encaixa exatamente nessa política (veja este vídeo). Assim como os celulares da Samsung assinados por Giorgio Armani ou pela cantora Beyoncé, que também vimos na CES.
 
Será que tudo isso significa deixar de lado a performance técnica dos aparelhos? Não acredito. O que o consumidor precisa entender é que os processos de produção se globalizaram e, por uma questão de escala, até mesmo os grandes fabricantes utilizam pequenas empresas da China, Taiwan, Malásia etc. como fornecedores de componentes. A conseqüência é que, tecnicamente, existem mesmo poucas diferenças entre, por exemplo, um TV Sony e um Philips. Um ou outro recurso, talvez. Mas, assim como acontece na indústria automobilística, adquirindo uma marca de prestígio você sempre estará bem servido.
 
Entram em cena nessa hora questões como o gosto pessoal, a preferência por esta ou aquela marca, detalhes estéticos – e, em muitos casos, também o preço. É a lei da globalização, que não tem mais volta.

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