Durante a IFA, comentei aqui sobre os louváveis esforços da Panasonic para revitalizar a tecnologia de plasma. Não acrescentei a Pioneer, que é o outro grande fabricante japonês a apostar no plasma, porque não estava expondo na Feira. Mas agora surgem duas más notícias para os adeptos dessa tecnologia.

A primeira vem da própria Pioneer, que anunciou o lançamento de seus primeiros displays LCD para o mercado americano no início de 2009. Na Europa, a empresa já comercializa esse tipo de TV, em 32″ e 37″. Mas o fato de anunciar com tanta antecedência o produto para os EUA mostra que a Pioneer não está nada satisfeita com o desempenho de seus plasmas. Na verdade, desde o ano passado a Pioneer não é mais dona do próprio destino. Mais da metade da empresa passou para o controle da Sharp, que é a líder em LCD.

A outra notícia ruim para o plasma é que a Hitachi, quarta maior fabricante do mundo, vai reduzir sua produção. Já são três anos seguidos de prejuízo, dizem analistas financeiros japoneses ouvidos pela agência Reuters, que esperam para os próximos meses o anúncio oficial de que a empresa se retira do segmento. Na verdade, a Hitachi já compra da Panasonic os painéis de vidro usados nos displays, mas mesmo assim sua situação é complicada. Desistir agora significaria uma perda de US$ 383 milhões, revelam os analistas. Mas, para se ter idéia da gravidade da situação, os meros rumores sobre a desistência fizeram as ações da Hitachi subir na Bolsa de Tóquio ontem. Ou seja, se é para cair fora, que seja logo.

4 thoughts on “Vida dura para o plasma

  1. Não entendo isso. Sempre achei a qualidade do plasma superior ao LCD, principalmente pelo fato de as imagens parecerem bem mais realistas, sem falar na resolução muito superior em cenas de ação e movimento, especialmente em esportes. Não me entra na cabeça como as pessoas podem pagar mais pelo LCD e abandonar o plasma. Tudo bem que pode ser ruim economicamente para quem produz. Mas o movimento dos consumidores é incompreensível. Ou então sou eu que estou completamente enganado, remando contra a maré.

  2. Que fabriquem LCD’s, mas não desistam dos Plasmas, porque sabemos que de um modo geral o Plasma ainda é superior ao LCD.

  3. O plasma não tem futuro. Não há como reduzir mais os custos de produção, não funciona bem em ambientes bem iluminados, consome muito mais energia do que os LCDs, ainda tem problemas de burn-in e chegou ao limite do desenvolvimento tecnológico. Por que as empresas vão continuar a produzi-lo com prejuízo, somente para competir com o LCD?

  4. Senhores, também concordo que o plasma possui contraste superior ao LCD, mas há outros aspectos a serem analisados, e o principal deles, para mim, é o consumo. É ele que impede que os plasmas ganhem mercado dos LCD´s. Afinal, é inadmissível que um plasma HD de 42 tenha um consumo de cerca de 380 W, enquanto um LCD de mesmo tamanho consome em média 220 W, ou seja, 1/3 a menos do que o plasma. Portanto, a não ser que você queira ver sua conta de energia disparar (eu não sou um destes), é preferível se contentar com uma ligeira diminuição no contraste. Enquanto as empresas que apoiam o plasma não melhorarem este aspecto, continuarei a ser entusiasta dos LCD´s.

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