Na entrevista que mencionei aqui outro dia, o VP da Panasonic USA, Bob Perry, se arrisca a previsões sobre a duração da atual crise. Segundo ele, o fundo do poço será atingido entre maio e junho, para então ter início uma retomada. Esta, porém, será lenta e só deverá permitir um retorno aos níveis de venda anteriores daqui a três ou quatro anos.
Nesse meio-tempo, podem haver mais demissões e cortes de investimento, pois essa é uma exigência dos acionistas, explica o executivo. Mas, olhando no longo prazo, as perspectivas são boas, e quem conseguir se manter relativamente sólido até lá, vai sair fortalecido.
A Panasonic, diz ele, já está se preparando para essa retomada, investindo em sua primeira fábrica de painéis LCD, desenhada para ser a maior do mundo. “Já poderíamos inaugurá-la este ano, mas a crise nos fez rever o cronograma”, diz Perry. Não falou, mas deixou no ar: apesar de todo o investimento já feito em plasma, a Panasonic aposta mesmo é no crescimento do LCD.
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… o que, diga-se de passagem, é uma pena. Sempre fui adepto incondicional da superioridade do Plasma. A questão da adoção do LCD em massa, em detrimento do plasma, é muito mais mercadológica (lucro) do que propriamente técnica. A superioridade do plasma é evidente em quase todos os quesitos técnicos (salvo um item aqui ou ali). É uma pena que até a Panasonic esteja enveredando por este caminho (caberia até a velha expressão: “Até tu, Brutus!!”). Abraço.
Eu acho tendencioso este comentário, se os maiores investimentos da empresa são em Plasma e cada vez aumentam, apesar de afetados pela crise.
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