Não saiu em qualquer revistinha, não. Foi na Time, simplesmente a revista mais famosa do mundo (e, apesar de tudo, ainda com altíssima credibilidade). Reportagem desta semana – que está disponível neste link – analisa o fenômeno Twitter do ponto de vista que, a meu ver, mais interessa. Em vez de ficar falando das celebridades que contam o que fazem enquanto estão tomando banho, os repórteres foram entrevistar especialistas para mostrar como essa rede de relacionamento pode ser útil. Sim, ela pode, acreditem.
O texto enumera 10 maneiras pelas quais o Twitter irá mudar, nos próximos anos, a forma de se fazer negócios. Claro, o enfoque principal é sobre a economia americana, mas acho que vale para o mundo inteiro. Confiram:
1.Focar as ações de marketing nas comunidades locais
2.Forçar uma reciclagem das velhas formas de publicidade, hoje estagnadas e sem apelo junto ao público.
3.Mexer com os investidores, na medida em que você pode agilizar negociações e fazer consultas na hora.
4.Dar maior visibilidade (e portanto poder) aos blogs
5.Descobrir novos dados sobre hábitos de consumo da população
6.Servir de complemento às mídias tradicionais, como jornais, revistas, rádio e TV.
7.Incentivar a prática dos micropagamentos
8.Revolucionar o sistema mundial de telecomunicações, já que muita coisa que se faz hoje por telefone ou e-mail poderá ser transferida para os microblogs.
9.Permitir que os governos (se quiserem) se comuniquem de modo mais rápido e prático com os cidadãos
10.Facilitar ações de caridade e campanhas de interesse público
É pouco? Certamente, não. Até eu, que tinha certo preconceito com o que considerava brincadeira de criança, começo a enxergar utilidade nela. Por falar nisso, acabei de ler a biografia de Bill Gates, e uma das passagens mais interessantes que ele conta é sobre a forma como reagiu quando vieram lhe falar sobre a internet, no início dos anos 90. Gates achou que aquilo não era prioridade… Quando viu o sucesso da Apple e da Google, ficou morrendo de raiva!
Pois é, sugiro prestarmos mais atenção nessa brincadeira chamada Twitter.
Caro Orlando,
No início, parecia um modismo. Mas o Twitter parece que veio para ficar mesmo. Seu uso eficiente pode trazer bons resultados. E muita gente acessa utilizando dispositivos móveis, suas telas diminutas são ideais para as “twittadas”.
Sobre Gates, assisti há alguns anos uma longa entrevista que ele deu a MSNBC. Nela, Gates confessou que não deu bola para a Internet, especialmente no seu potencial de negócios (e-commerce, b2b, etc) e disse que acreditava que ela seria apenas uma boa rede para uso acadêmico e nada mais do que isso. Como sempre fui ligado a MS (como beta-tester desde o Windows 95), foi incrível constatar o desleixo inicial, uma época onde dominavam os finados Trumpet Winsock e Netscape e, agora, o domínio praticamente absoluto da dobradinha Windows/ Internet Explorer.
Nas faculdades de marketing e publicidade repetem sempre: “não seja preconceituoso!” Nada mais verdadeiro. Na vida e nos negócios, o preconceito cega e nos faz perder grandes e boas oportunidades.
Abs
Julio Cohen
Por falar em Windows, não tenham preconceitos e experimentem o Windows 7 😉