0,,5825582,00Prosseguindo com nossa série sobre a escolha de um TV Full-HD, pego carona hoje em alguns comentários de leitores, nas últimas semanas, para esmiuçar um pouco a questão da televisão digital. Vocês devem ter notado que a maioria dos anúncios de TVs atualmente trazem, como destaque, o conversor digital embutido. E ouço muita pergunta do tipo: isso faz alguma diferença?

A resposta, naturalmente, é: sim. O problema é saber se faz diferença para melhor ou para pior… Em princípio, o fato de o TV trazer o conversor embutido é uma vantagem, pois você não precisa adquirir um conversor externo para conectar ao TV, como se fazia no início, quando esses aparelhos foram lançados. Para captar o sinal digital das emissoras abertas, basta então ligar o TV a uma antena, que pode ser uma simples UHF. Aliás, testemunhei outro dia um amigo captar o sinal simplesmente colocando um clipe de papel (não estou brincando…) na entrada de antena do TV. E até que a imagem estava boa.

Há quem diga, porém, que o conversor embutido “estraga” o sinal, porque provoca interferências no processamento interno do TV. Confesso que nunca vi isso acontecer, mas é uma possibilidade. Se for um conversor de má qualidade, é possível mesmo que interfira na qualidade da imagem. Mas duvido que os fabricantes (pelo menos os mais conhecidos) pisem na bola dessa maneira: seria comprometer seriamente a imagem (dos aparelhos e das empresas).

Na verdade, o que temos visto por aí são várias categorias de conversores, e a maioria deles realmente não é confiável. Já pela apresentação, pelo acabamento, nota-se que são produtos de segunda ou terceira linha… E, claro, se é possível haver interferência com o conversor interno, igualmente existe a possibilidade de um mau conversor externo prejudicar o desempenho de um bom TV.

Um problema que existe nos TVs – todos eles – é que o conversor embutido não permite upgrades. Acho isso um erro dos fabricantes. Quem adquiriu agora um TV desse tipo provavelmente terá que trocá-lo no futuro, se quiser, por exemplo, utilizar os serviços interativos que as emissoras prometem oferecer. A interatividade exige um software, que por sua vez terá de ser integrado a um sistema operacional (como acontece com os computadores; aliás, esqueci de mencionar: o conversor embutido é como um microcomputador dentro do TV).

Esse sistema operacional (tecnicamente usa-se o termo middleware) é o já famoso Ginga, oficializado pelo governo brasileiro, mas por enquanto ainda na fase da promessa. Os atuais TVs não são compatíveis com o Ginga: quando este for lançado, será necessário comprar um novo conversor (ou um novo televisor!!!).

Bem, a culpa não é dos fabricantes. O governo – através da Anatel – já deveria ter regulamentado o Ginga, mas não o fez. Por isso, nenhum fabricante poderia lançar um TV com essa compatibilidade. Como não se sabe quando isso irá acontecer, a melhor recomendação é esquecer, por ora, a tal da interatividade. Se você quer trocar de TV agora, não vale a pena ficar esperando, até porque os preços estão bem convidativos.

Compre o melhor TV que seu dinheiro puder pagar e aproveite-o ao máximo. No futuro… bem, sobre o futuro falaremos qualquer dia desses.

2 thoughts on “Como comprar um TV (6)

  1. Orlando, como fazemos para identificar se um conversor é melhor do que o outro?
    Existe identificação como 1a, 2a, 3a, 4a e 5a geração?
    Estou fazendo este questionamento para que seja útil ao consumidor que queira ainda adquirir o conversor, apesar de sabermos que os fabricantes já anteciparam as normas de padronização para 2010, que determina os conversores imbutidos nas TVs.

  2. Números são manipulados…Nossos olhos, Não!!!

    Nunca ví interferências nas DTVs.

    Acho muito melhor do que outro aparelho(grande) + 1 um fio + 1 tomada + 1 controle remoto + pilhas, etc.. E ainda libera 1 conector(que são poucos) HDMI.!!!

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