De uns tempos para cá, parece que a Anatel deu para cumprir, pelo menos em parte, o papel que lhe é reservado pela legislação vigente. Depois de anunciar providências para evitar o chamado caladão, a agência em boa hora faz uma varredura nos serviços de banda larga móvel. Vejo no site da Teletime que foi detectada uma forte queda na qualidade das conexões 3G, que permite acesso à internet pelo celular, e que a Anatel decidiu agir. Nesta quinta-feira, técnicos da Superintendência de Serviços Privados se reuniram com representantes das operadoras para alertar que poderão bloquear a venda de novos pacotes ainda neste final de ano.

Bem, que as vendas de celulares estão acima de qualquer expectativa – com promoções de todo tipo – não é novidade. Segundo o superintendente Jarbas Valente, o Brasil está pagando o custo de uma absurda expansão na demanda pelos aparelhos 3G. “Acabamos de colocar o pé no freio”, disse ele, referindo-se a uma estatística inacreditável: a procura por esse tipo de celular no Brasil equivale a cinco vezes, em média, o que acontece nos outros países. “Alertamos as empresas para que elas não soltem planos mirabolantes, em que a rede não suporte o tráfego”, declarou Nelson Takayanagi, gerente do setor na Anatel.

É mais um item do tal “custo Brasil”. A infraestrutura do País é tão precária que quando há um avanço no poder de compra da população não se consegue atender à demanda. O pior é que, no modelo vigente, teremos de esperar que as quatro operadoras autorizadas a atuar com celular 3G (Vivo, Claro, Tim e Oi) aumentem sua estrutura, o que naturalmente leva tempo e muito dinheiro. Se o mercado fosse mais aberto, a solução viria mais rápido. Ou talvez nem tivéssemos o problema.

4 thoughts on “3G brasileiro, perto do limite

  1. Boa notícia, Orlando. As vendas tem que parar, pelo menos até botarem ordem na casa. A qualidade dos serviços é realmente muito ruim e a banda real é uma fração da banda anunciada.

    Bom lembrar que muitos clientes dos acessos 3G (via modem, principalmente, mas também os que usam seus celulares 3G como modems) vieram pela deficiência das conexões de banda larga. A falta de investimento das operadoras para habilitar centrais telefônicas e levar cabos (no caso da TV por assinatura) para os locais onde não existiam fez com que consumidor optasse pelo 3G. E muita gente acreditou nas ofertas das operadoras, usando o 3G como conexão fixa de banda larga. Infinitamente mais cara que no exterior, muito mais lenta e de baixa confiabilidade.

    Já testei com critérios os planos 3G das quatro operadoras aqui no Rio de Janeiro e os resultados são desanimadores. Fiquei com os dois melhores, um pré e um pós, mas não existe garantia de conexão e de largura de banda. E não adianta ligar: a pressão arterial vai subir, a paciência vai acabar e você não resolve nada.

    Agora só resta saber se a proibição a venda não vai ser suspensa mediante “pedágio”, afinal de contas nada me surpreende neste país. Se analisarmos então a trajetória das agências reguladoras, tecnicamente esvaziadas e politicamente loteadas, é melhor torcer por um milagre.

    Abs

    Julio Cohen

  2. So nao entendo pq ate agora isso nao ocorre com a Net!! Pq sera que a Anatel nao puxa o freio de mao da Net, que teima em vender mais que sua capacidade de prover servico e utiliza o Traffic Shapping para contornar esse problema!!!

  3. Senhores,
    Sofro aqui no Mato Grosso do Sul com o 3G da Claro, que uso há pouco menos de um ano. Assinei o plano após fazer um “test drive” e achei que poderia usá-lo sem muito stress, mesmo sabendo das limitações de tráfego e banda.
    Porém não imaginei, nem de longe, que o serviço iria piorar tanto quanto se encontra hoje em dia. O modem e o chip estão engavetados e estou aguardando o término da carência para cancelar o plano.
    Agora tenho conhecimento da tomada de decisão da Anatel em proibir a venda de celulares 3G para evitar o colapso da rede de celulares e pergunto: o que ela fez até agora para evitar que se chegasse a essa situação.
    Respondo: acobertando todo tipo de manobras e trapaças praticadas pela operadoras que vem lesando e espoliando o consumidor há muito mais tempo do que se imagina. Aliás, essa tem sido o comportamento padrão das tais “Agências Reguladoras” que se omitem quando deveriam defender o consumidor.
    Duvido ainda da eficácia das medidas anunciadas, pois temos como exemplo o recente caso da Telefônica que, até onde me consta, sóp produziu mais propaganda enganosa por parte da operadora.
    Aproveito para, com a devida autorização, fazer minhas as palavras do Sr. Júlio Cohen, citadas acima.

    Ats.

  4. Até q enfim a anatel está fazendo algo inteligente!!
    proibir a venda de 3G fazendo q automaticamente as operadoras no caso aqui em Sp. ”Tim ganaram” – Vivo ”e morto” Claro ”q é escuro” e
    Oi ”repete por favor”. Vão fazer tomaremvergonha na cara e reajustar na medida que deve er a banda larga em 3G,fazendo eles melhorarem a qualidade de serviço e velocidade e claro, atendentes capacitados a resolver o problema do usuário qd nós ligamos, pois de cada 13 atendentes 10 tem limitação racional em entender,compreender e processar toda a gama de problemas do usuário q + é vítima do q usuário. Pq realemente não adianta vc vender,dar, doar, ou emprestar um serviço 3G no qual aaumenta violentamente o trafego simultaneo d usuários se vc não aumenta a capacidade de absorção do mesmo. As operadoras não tem o mínimo d vergonha na cara, elas aumentam as contas pra gente oferece serviço e não consegue suprir a demanda. Tem q proibir mesmo a venda do 3G!!!!!

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