De volta para o futuro

Nesta época do ano, Las Vegas se transforma numa espécie de “cidade do futuro”. Nem parece que lá fora existe (ou existia?) uma crise econômica e que milhares de pessoas perderam o emprego. Os luminosos continuam seduzindo – ou tentando seduzir – turistas e desavisados em geral a gastarem seus dólares nos cassinos, nas lojas de grife, nos shows, nos restaurantes. Pelo celular, recebo a notícia da morte de um ex-colega de trabalho. Jornalista competente, ficou desempregado anos atrás, caiu em depressão, tornou-se alcoólatra e isolou-se do mundo. Nem a família o queria mais em casa! Horas antes de morrer, recebeu a visita do filho que não via há mais de vinte anos. Não teve tempo de saber que já era avô de uma menina de oito meses.

Triste história. Paro um momento para lembrar da figura e rezar. Mas não por muito tempo. Tenho que ir até o Centro de Convenções, pois o trabalho me espera. Deve ter muita novidade na CES. O fuso horário atrapalha. São 6 horas para trás, ou seja, por volta das 16hs, quando conseguir checar as primeiras notícias que circulam pela internet, no Brasil já serão 22hs. As novidades ficam para amanhã, combinado?