Ontem à noite, fui assistir ao novo espetáculo do Cirque de Soleil, baseado nas músicas de Elvis Presley. O sucesso de “Love”, que tem como tema os Beatles e está em cartaz aqui em Las Vegas há dois anos, com casa lotada todas as noites (duas sessões diárias), ao preço de 180 dólares, diz tudo: este é um filão praticamente inesgotável, e os competentes administradores da empresa canadense que comanda o Cirque de Soleil já descobriram. Não é à tôa que eles estão hoje em seis salas de Las Vegas, cada uma com um show diferente, e sempre lotadas. É uma máquina de fazer dinheiro, aliás com muito talento e originalidade. À la Disney, a empresa montou uma estrutura de marketing eficientíssima, na qual você pode comprar seus ingressos pela internet com antecedência e já marcar o lugar onde quer sentar. Conforto, segurança e qualidade técnica da apresentação (foto) – tudo é impecável. No final, uma homenagem comovente: era dia 8 de janeiro, quando Elvis completaria 75 anos. Para quem é fã, caixas e mais caixas de lenços de papel.
Na saída, pra variar, você obrigatoriamente passa em frente a uma super-loja com tudo que puder imaginar a respeito de Elvis, inclusive um acervo de CDs, DVDs e Blu-ray que duvido seja possível encontrar numa loja convencional. No som ambiente, apenas canções do “rei”. Como todo mundo sai sob o impacto visual do show, a tentação de comprar é quase irresistível (mas dessa eu consegui escapar).