O segmento de TV por assinatura começa a se aquecer para o Congresso ABTA 2010, que acontece de 10 a 12 de agosto em São Paulo. E a palavra “aquecimento” não aparece aqui à tôa. Tradicionalmente, é ali que se debatem os temas mais importantes do setor e onde se mede a “temperatura” do mercado. Este ano, porém, o evento será especial. O momento exige. Parece que operadoras e programadoras estão mais unidas do que nunca contra um inimigo comum: o excesso de regulamentação. Para mostrar isso, o próprio Roberto Irineu Marinho – ele mesmo, dono das Organizações Globo – fará a abertura do evento, algo que nunca aconteceu em mais de vinte anos de existência da ABTA.

Além de toda a polêmica envolvendo o Plano Nacional de Banda Larga e a volta da Telebrás, está fervendo nas conversas de bastidores a decisão da Anatel de acabar com as licitações para outorga de serviços de TV paga, medida que teoricamente beneficiaria as pequenas operadoras. Há quem veja nessa decisão o interesse de favorecer, na verdade, apenas uma operadora – e justamente a maior delas: a Oi, que tem entre seus acionistas ninguém menos do que… o governo. Reportagem no Estadão de ontem revela detalhes da verdadeira briga de foice que ocorre entre as gigantes do setor (Net, Telefonica e Oi). Vale a pena ler.

E há ainda a novela do projeto-de-lei 29, que continua sua longa tramitação no Congresso. Num dos últimos capítulos, o deputado Jorge Bittar – um dos maiores defensores do projeto – acusa a operadora Sky de “fazer terrorismo”, ao enviar mensagens a seus assinantes dizendo que, caso seja aprovado, o valor das mensalidades irá aumentar. Para defender sua posição, a Sky colocou no ar o site www.liberdadenatv.com.br.

Como se vê, tem muito assunto para discutir.

2 thoughts on “Esquentando a TV por assinatura

  1. A tv por assinatura se aqueceria mais se houvesse uma redução de preços para patamares mais compatíveis com a realidade brasileira ou pelo menos mais próximos das tarifas cobradas de assinantes de países MAIS RICOS.

  2. Jorge Bittar é o pai do amiguinho do Lulinha que por sua vez é o Ronaldinho Gaucho dos negócios ( como comparou seu pai, o Lula, muito coruja) de quem a Telemar comprou “um nada” deles por R$ 5 milhões de reais e que hoje é a OI, não é mesmo? Ou passa perto dessa confusão. Quem não entendeu pergunta para o Lula que ele, orgulhoso do filho, explica.E explica também porque a Anatel não fará mais licitações para outorga de serviços de TV paga.

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