Infelizmente, não pude estar hoje na inauguração do novo show-room da loja Antares, em Santo André (SP), todo equipado com sistema de automação Savant, baseado na plataforma Apple. Nelson Sassaki, o proprietário, é um daqueles que podem ser chamados de Empreendedores  – assim mesmo, com “E” maiúsculo – do nosso mercado. Já percebeu que este é um caminho sem volta e vem se preparando há anos para os novos tempos. Já comentei sobre isso várias vezes, mas nunca é demais repetir: a venda de serviços – e não de aparelhos – é a única saída para o revendedor especializado. Quem se limitar a vender “caixas pretas” (refiro-me, é claro, a receivers e caixas acústicas) e passar fios de áudio e vídeo será atropelado pelas novas tecnologias.

Não foi coincidência que, ontem, a Microsoft realizou o lançamento do serviço Xbox Live e do recurso Kinect (que torna os jogos do Xbox mais interativos que os do Nintendo Wii) numa loja especializada em home theater de São Paulo, a Troiano’s, do Eduardo Troiano, outro que está antenado com as novas tendências. É o caminho da integração e da convergência, que – como bem lembrou o colega Vinicius Barbosa Lima – exige estudo, pesquisa e dedicação.

No comentário de ontem sobre condomínios, tentei mostrar que esse caminho está aberto aos que forem mais dedicados e não se limitarem a ficar pensando apenas em preço. A já citada Savant é apenas uma das várias marcas com distribuição oficial no Brasil e que se propõe, através de seu distribuidor (Audiogene), a treinar e orientar quem estiver disposto a seguir essa trilha. Control4 (Disac), Crestron (Syncrotape), Lutron, Z-Wave e as brasileiras Scenario e NeoControl são outras.

Quem se habilita?

8 thoughts on “Como vender automação

  1. Quando os revendedores pararem de vender “caixas pretas”, aí talvez os distribuidores de “caixas pretas” acordarão para a besteira que estão fazendo ao nivelar nosso percado por baixo. Tivemos um distribuidor lá no Sul que vendia com entrega em Miami, vendia até para cliente final em estados onde tinha revendedor autorizado e quando caiu o tombo foi feio. Precisou descer do pedestal para se recuperar. Mas parece que não mudou muito nesta segunda etapa. Só esta menos rico! Voltando ao assunto, como discutido por outros leitores aqui, o problema não está em vender o que por quanto, mas sim no nivelamento por baixo de nosso mercado e parace ser unánime que os tradicionais especializados culpam os distribuidores e estes culpam o governo ou a loja, que para eles insiste em querer lucrar na venda de “caixas pretas” (só os distribuidores podem!). A verdade caro amigo Orlando, que nesta queda do nível de nosso mercado, não vai sobrar nem para revistas especializadas, pois tem umas aí testando até in-a-box Samsumg comprado em super mercado em troca de anúncio de página! Uma vez ouvi uma crítica de um distribuidor, que existem revendedores burros, pois quando conseguem um desconto, repassam ao consumidor para garantirem a venda, quando na verdade deveriam aumentar suas margens. Pois este mesmo distribuidor hoje coloca suas marcas em grandes redes pelo sugerido em 12 vezes sem juros e ainda tem instalador! Porque todos não podem ganhar vendendo produtos e serviços? Já não chega o governo querer limitar nossos lucros? Não é mais fácil todos se unirem para deixar bem claro ao mercado que Chevette e Porsche não são a mesma coisa?

  2. Aviso Orlando, já tem instalador de Fast Shop fazendo treinamento de automação em distribuidor autorizado. Por que será? Eles negam e desconversam, mas acabam dando uma explicação que não convence. Quem sobreviver verá, ou protegemos nosso mercado ou vamos virar um Paraguai. Aí vai ser tarde para arrependimentos…

  3. Concordo com os comentários, existe uma grande diferença de apenas colocar a automação no varejo e outra de prestar uma consultoria por completo aos clientes como integradores de lar digital.

  4. Estou convencido de que se houver competencia nao ha necessidade de se proteger o mercado, ja que hoje em dia ha muita informação e a maioria dos usuarios nao se deixa mais enganar tao facilmente. A questao nao radica em criar mais e mais normas, senao fazer cumprir as que ja tem. Quanto ao Paraguai, se nós criarmos mais normas visando proteger nosso mercado, poderiamos virar um Brasil (veja o caso da tomada elétrica). Ai seria tarde demais para arrependimentos…

  5. Estou um pouco atrasado com relação ao meu comentário a respeito deste post, porém acho interessante esta discussao. me lembro quando as lojas especializadas na venda e instalação de Sistemas de Home Theater se reuniam em São Paulo para discutir como iria ser a distribuição das tão sonhadas Tvs “finas de plasma” em relação aos magazines. Bem, conseguimos durante um pequeno tempo convencer os clientes que as Tvs importadas eram extremamente superiores as vendidas no Brasil, mas isso não se sustentou. antes da copa do mundo agora em 2010, vi uma meia duzia de clientes extremamente frustrados, porque compraram Tvs 3D importadas caríssimas, para assistir os jogos, mas não receberam o produto a tempo de usá-las, e as lojas e magazines já estão abarrotadas desse produto. E por fim, o que isso tem a ver com o comentário sobre a “Automação”. vêm de cima, dos mercados extremamente evoluídos tecnologicamente, e não teremos mais tempo de ficar discutindo o que é certo e o que é errado. a velocidade que acontece as coisas agora é muito maior, e não tiro a razão do Orlando. não sejamos hipócritas, e sim realistas: ou você acompanha o mercado ou será atropelado. o que ele esta colocando ao meu ver desde muitos outros comentários é que os especialistas em Sistemas de Home Theater são os profissionais mais próximos de abraçarem este novo nicho de mercado que esta surgindo. É preciso mudar a mentalidade sem mudar o foco. a venda de um bom Projeto de Automação pode surgir a partir do Home Theater e ser responsável pelo aumento de receita da Empresa. Obrigado pela atenção.

  6. gostaria de me apresentar,

    meu nome é Carlos e sou gerente comercial da Empresa Nova Technologia, estamos passando por uma metamorfose no ano de 2011 devido a algumas descobertas de produtos e servicos de Automacao, realizei o curso KNX na Espanha e percebi que ainda o mercado Brasileiro precisa se acostumar com a ideia de automacao, porem temos que advertir que referente a custos (valores) estamos batendo de frente com uma Nao popularizacao dos servicos, tendo em vista assim somente cliente caracterizados classe (A)

    Obrigado

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