Alguém já disse que a melhor forma de aprender, além da leitura, é conversar com pessoas inteligentes. De preferência, mais inteligentes do que nós mesmos. Hoje de manhã, tive a sensação de ser privilegiado ao poder conversar, ainda que só por alguns minutos, com Don Tapscott, escritor americano canadense que veio a SP para uma palestra. Foi iniciativa dele conhecer pessoalmente alguns brasileiros com quem se comunica via Twitter – Don é um dos maiores entusiastas das redes sociais, especialmente o microblog dos famosos 140 caracteres, que utiliza freneticamente.

Devido à falta de tempo, não foi possível conversar sobre muita coisa – daria para ficar horas naquele papo. Don contou, por exemplo, que descobriu a força das mídias sociais durante a campanha presidencial americana de 2008, quando o então candidato Barack Obama citou seu livro “Wikinomics” como ‘fonte inspiradora’. Obama, como se sabe, foi o primeiro político importante a adotar Twitter, Facebook e demais ferramentas online para atrair simpatizantes. O livro, lançado em 2006, foi um dos best-sellers da década e certamente influenciou milhões de pessoas pelo mundo afora. Cinco anos atrás, Tapscott e seu coautor Anthony D. Williams já apontavam o caminho sem volta da colaboração virtual, hoje confirmado.

Os dois lançaram no ano passado uma espécie de atualização, o livro “MacroWikinomics”, que vai mais fundo na análise das redes e como elas estão alterando hábitos de comportamento e modelos de negócio em vários países. Estou terminando de ler, e em breve farei aqui um apanhado das principais ideias (infelizmente, ainda não saiu a tradução em português). Só como aperitivo, lembro que os autores explicam como as redes e as novas tecnologias podem contribuir para a prática da cidadania e até, em casos extremos, ajudar a derrubar governos. Escreveram isso antes dos recentes episódios da Tunisia, Egito, Libia etc., ou seja, acertaram em cheio, mais uma vez.

Quando perguntaram, hoje de manhã, o que Dilma Roussef deveria fazer para colocar o Brasil, de fato, na trilha do desenvolvimento, Don respondeu: “Ouvir mais a população, através das mídias digitais”.

Dá para discordar?

4 thoughts on “Encontro com gente inteligente

  1. Falando em gente inteligente, o ex-presidente Lula disse a aliados que aceitou uma oferta de US$ 500 mil para fazer palestra na Coreia do Sul, a convite da multinacional LG. Se confirmar a presença, ele ultrapassará o primeiro milhão de dólares em quatro meses fora do governo, segundo cálculos de petistas. Boa hora para aqueles que não são pelegos da esquerda começarem a boicotar esta marca…

  2. Diana, sim, ele é canadense. Estou corrigindo no blog. Obrigado. Abs. orlando

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