A feira TecnoMultimedia InfoComm Brasil, realizada esta semana em São Paulo, já pode ser considerada um marco no segmento. Não temos ainda informações sobre possíveis negócios fechados no evento, nem sobre o perfil do público visitante, boa parte originário de outra feira que aconteceu no mesmo pavilhão, a Exposec, dedicada ao setor de segurança. Mas a presença de grandes marcas, todas expondo produtos inéditos no Brasil, e o entusiasmo demonstrado pelos profissionais presentes indicam que podemos ter agora uma nova realidade no mercado brasileiro de áudio e vídeo profissional.

Para quem não esteve lá, ou quem eventualmente não esteja familiarizado com esse setor, é importante lembrar que o termo “profissional”, no caso, é abrangente. Estamos falando de soluções voltadas a projetos que facilitam o uso da tecnologia em empresas (indústria, comércio, serviços) e também em espaços de uso público (hotéis, hospitais, escolas, centrais de controle, shoppings), além de órgãos governamentais. São tecnologias como sistemas de projeção, displays, controles, automação, redes (com e sem fio), proteção elétrica, distribuição de sinais, controle de energia, videoconferência, som ambiente…

Assim como já tínhamos notado no setor de automação residencial e predial, empresas dessas áreas – que se unem sob o conceito que chamamos “tecnologia corporativa” – vêm se espalhando pelo Brasil. Há muito investimento estrangeiro, e também uma infinidade de pequenas e médias empresas nacionais dedicadas a essas soluções. A necessidade de atualização tecnológica é um fato para quase todos os empesários, e a chegada dessas “novidades” só irá fazer bem a quem atua na área.

Faltam apenas dois componentes, que poderiam fechar esse círculo virtuoso de desenvolvimento no país: preparar mão-de-obra mais qualificada e fugir da armadilha do controle governamental. O primeiro item caminha, embora a passos mais lentos do que todos gostaríamos. Quanto ao segundo, como sabemos todos, a sanha tributária e burocratizante já nos fez perder décadas de avanços, amargando prejuízos – alguns destes podem ser calculados em números, outros são menos tangíveis, pois se expressam na falta de competitividade e na incompetência do país para executar projetos de interesse público.

Tomara que estejamos mesmo, e apesar das políticas oficiais, entrando numa nova era.

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